Ressonâncias da arte, ética e poética
Abstract
A arte para os gregos era designada de "techn􀬛". Este termo
n􀬛o era considerado uma t􀬛cnica em particular como a pintura
ou uma habilidade artesanal, mas correspondia ao saber mais
amplo com rela􀬛􀬛o 􀬛 natureza ou as coisas em sua totalidade.
Arist􀬛teles designava a techn􀬛 como um modo de saber, uma
forma de discernimento, prud􀬛ncia que orienta, como exemplo,
a "arte pol􀬛tica". A reflex􀬛o filos􀬛fica considerou a obra
de arte como portadora de um verdadeiro saber. Foi decifrada
como a for􀬛a de enfatizar o conte􀬛do de verdade. Em Kant
situavaâ€se na reflexô€¬›o sobre o belo e o sublime. A reflexô€¬›o
hegeliana baseava no sentido de uma express􀬛o cada vez mais
clara, menos simb􀬛lica. Assim, direcionava para uma verdade
mais profunda, isto 􀬛, mais interior ao sujeito humano. Ap􀬛s
as reflexô€¬›es de Heidegger e Merleauâ€Ponty deixaâ€se a
pretens􀬛o de legislar sobre a arte, de decidir quanto 􀬛 sua
classifica􀬛􀬛o. A arte n􀬛o 􀬛 mais tratada como objeto de
especula􀬛􀬛o metaf􀬛sica. A arte 􀬛 vista como uma imagem da
verdade de nossa exist􀬛ncia ou de nossa rela􀬛􀬛o com o mundo.
A arte 􀬛 uma cria􀬛􀬛o e n􀬛o o dom􀬛nio de determinadas
situaô€¬›ô€¬›es instrumentais que se exige do criador. Instituiâ€se
como um saber desocultante da verdade essencial que
transcende tanto o n􀬛vel da constata􀬛􀬛o quanto o da
contesta􀬛􀬛o.
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