Alegrias, esperas e outras críticas do sujeito cancional censurado

Autores

  • Leonardo Davino de Oliveira

Resumo

Este ensaio apresenta uma leitura comparatista de duas canções emblemáticas: “Alegria, alegria” de Caetano Veloso (1967) e “Pra não dizer que não falei das flores” de Geraldo Vandré (1968). Ambas apresentam o espírito do tempo (zeitgeist), são crônicas de um momento singularmente duro para a justiça social e a liberdade de expressão individual no Brasil. Opero com uma concepção mais ampla de crônica, que permite entender a atuação dos cancionistas como críticos dos variados e complexos aspectos da vida: do engajamento ao desbunde, do político ao banal. A crônica desliza dos jornais para o corpo, para a voz desses cantores intelectuais críticos da situação do estado de coisas no Brasil.

 

Palavras-chave: Canção popular. Crônica. Censura.

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Publicado

2019-03-19