Uma leitura crítica de A noite da espera, de Milton Hatoum
Abstract
O artigo discute o romance A noite da espera, de Milton Hatoum, o qual coloca em foco diversas questões que ecoam ainda hoje na sociedade brasileira, trazendo à cena a discussão da educação e das universidades, temas de importantes debates na contemporaneidade. Busca-se evidenciar como as mudanças impostas pelo regime militar às universidades, a perseguição a professores e a estudantes, bem como a resistência do movimento estudantil estão representadas no romance, assim como a repressão e a arbitrariedade imposta pelo governo. Visto que memória e esquecimento são práticas conjuntas e que circulam, nos dias atuais, discursos carregados de ecos do período ditatorial, o artigo propõe uma discussão sobre a memória e seus usos, com base em Paul Ricoeur, Nelly Richard, Michael Pollak, Hugo Achugar e Jacques Le Goff, além de dialogar com historiadores, no que diz respeito à relação da ditadura com as universidades. Defende-se que a obra de Hatoum, em um diálogo entre passado e presente, contribui para a formação do imaginário sobre a ditadura brasileira e seus desdobramentos, provocando uma reflexão sobre a construção do presente e do futuro.
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