Para [não] brincar com o absurdo do mundo: a desventura do pessimismo em A náusea, de Jean-Paul Sartre

Authors

  • Renato Pardal Capistrano

Abstract

A observação de Albert Camus, feita em uma crítica publicada logo após o lançamento de A náusea, defende uma correlação necessária e delicada entre a arte narrativa e o pensamento teórico. Introduzida como mandamento de uma poética romanesca, a ausência de uma explícita apresentação dos conceitos (sob os quais se assumem as peripécias vividas pelas personagens literárias no mundo fictício criado pelo autor) prevê, como valor de criação para a forma literária, não a faculdade de julgar por dedução, mas ao contrário, aquela faculdade que, partindo da multiplicidade de formas flexiona-se sobre sua própria conformidade a fim de descobrir seu sentido.

References

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Published

2011-04-30