A pedra filosofal

Autores/as

  • Fábio Carvalho Nunes Faculdade de Tecnologias e Ciências (FTC EAD)

Resumen

O conhecimento nasce do espanto, ou seja, quando o ser humano se assombra com o mundo e indaga sobre a realidade. Platão já dizia que a filosofia nasce do assombro (MAGAEE, 2001), os mitos também irrompiam da perplexidade, dos esforços engenhosos do homem primitivo para explicar o mundo ameaçador e desconcertante à sua volta2 (FREUND, 2008). A mitologia grega é reveladora a este respeito, como nos ensina Unger (2000), ela nos diz que Íris (a mensageira dos deuses), aquela que faz a ponte entre o homem e sua transcendência, é filha de Thaumas, o espanto. Tanto Platão quanto Aristóteles se reportam a este mito para dizer que o espanto é arché, princípio de criação, de conhecimento. O espanto, a perplexidade permite a irrupção do sagrado, por isso é fonte de criação, porque é uma força desorganizadora, subversiva, titânica (UNGER, 2000). A ciência é filha da tradição sagrada e profana do ato de perguntar, linhagem de Thaumas.

Citas

CAMPBELL, J. O Poder do Mito. São Paulo: Palas Athena, 1 a edição. 1990.

CAMPBELL, J. A saga do herói. In: O Poder do Mito. DVD, Estúdio Log

On/Culturamarcas, São Paulo, 1 edição. 2005.

FREUND, P. Mitos da criação: as origens do universo nas religiões, na mitologia, na psicologia e na ciência. São Paulo, Editora Cultrix, 2008.

MAGAEE, B. História da Filosofia. São Paulo, Edições Loyola, 3a edição. 2001. 240p.

NUNES, F. C. Um espaço para a solidariedade: reflexões a partir do livro Ensaio sobre a cegueira. Revista Garrafa (PPGL/UFRJ). , v.19, p.1 - 10, 2009.

UNGER, N. M. O encantamento do humano: Ecologia e espiritualidade. Edições Loyola, São Paulo, Brasil. 2ª edição, 2000. 94p.

Publicado

2010-05-30

Número

Sección

Artigos