O SERTÃO INTUITIVO DE RIOBALDO
Abstract
“ Lhe falo do sertão. Do que não sei. Um grande sertão! Não sei. Ninguém ainda não sabe ” (ROSA, 1986: 84) - são as palavras de Riobaldo. Nessas palavras tão ao acaso e pouco esclarecedoras, de declaração insólita, o sertão aparece em sua forma original, isto é, sertão é travessia infinita para o homem e, sendo assim, ele se nos revela a cada instante. Diante dessa aproximação de Riobaldo do sertão que ele não sabe, mas que está à procura, o sertão lhe aparece de forma intuitiva. Riobaldo sabe o que é o sertão a partir do que vê, do que experimenta. E o que vê e experimenta é um mundo à revelia, insurgindo-se a cada tentativa de definição que tivesse a pretensão de abarcar a totalidade do real.
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