Crítica acerca do individualismo no campo do design
Keywords:
Identidade, Autoria, Campo do DesignAbstract
No presente trabalho realizamos a crítica do individualismo no Campo do Design. Defendemos que tal noção tem como serventia social a produção e manutenção do trabalho alienado e, consequentemente, de um trabalhador (o designer) ensimesmado, que crê que a tomada de decisão sobre a forma (estética) do artefato industrial é propriedade sua, que é autor (no sentido de autoridade) total de seus projetos, não percebendo que quem possui tal tomada de decisão final é quem é dominante dos meios de produção, qual seja, o burguês dono de fábricas ou indústrias. Além disso, adotamos a noção de que o Campo do Design tem sua origem no Campo da Arte, nos seus valores tradicionais. Logo, realizamos um pequeno estudo propedêutico histórico, sociológico e filosófico sobre este campo. O trabalho tem por finalidade uma compreensão histórico-social principalmente no período da Renascença, apesar de sabermos que desde a Antiguidade tal tema já era debatido filosoficamente. Também será realizado um estudo de cunho histórico-social sobre a individualização do trabalho do designer na sociedade industrial moderna.References
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
BELL, Daniel. O Fim da Ideologia. Tradução de Sérgio Bath. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1980.
BOURDIEU, Pierre. A produção da crença: contribuição para uma economia dos bens simbólicos. Tradução de Guilherme João de Freitas Teixeira. Porto Alegre, RS: Zouk, 2008.
CARDOSO, Rafael. Uma introdução à história do design. São Paulo: Blücher, 2008.
CIPINIUK, Alberto. O campo do design e a crise do monopólio da crença. São Paulo: Blücher, 2017.
FORTY, Adrian. Objetos de desejo: design e sociedade desde 1750. Tradução de Pedro Maia Soares. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
FUKUYAMA, Francis. O Fim da História e o Último Homem. Tradução de Aulyde S. Rodrigues. São Paulo: Rocco, 1992.
HAUSER, Arnold. História social da literatura e da arte. Tradução de Walter H. Geenen São Paulo: Mestre Jou, 1972-1982.
HESKETT, John. Design. Tradução de Márcia Leme. São Paulo: Ática, 2008.
KRIS, Ernest; KURZ, Otto. Lenda, mito e magia na imagem do artista. Tradução de Aida Maria Dionísio Rechena. Lisboa: Editorial Presença, 1988.
LEON, Ethel. IAC - Primeira Escola de Design do Brasil. São Paulo: Blücher, 2014.
MARCONDES, Danilo. O argumento do conhecimento do criador como argumento cético. Sképsis, ano 1, nº 2, p. 37-60, 2007.
OSINSKI, Dulce Regina Baggio. Arte, história e ensino: uma trajetória. São Paulo: Cortez, 2002.
SCHNEIDER, Beat. Design ¬– uma introdução: o design no contexto social, cultural e econômico. Tradução de George Bernard Sperber e Sonali Bertuol. São Paulo: Blücher, 2010.
VARAZZE, Jacopo de. Legenda Áurea. A vida dos santos. Tradução de Hilário Franco Júnior. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
VASARI, Giorgio. Vidas dos artistas. Tradução de Ivone Castilho Bennedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2011 (Edição de Lorenzo Torrentino, Florença, 1550).