“RESSUSCITAR GIL VICENTE A VER SE RESSUSCITAVA O TEATRO”: UM ESTUDO SOBRE UM AUTO DE GIL VICENTE, DE ALMEIDA GARRETT
Mots-clés :
Almeida Garrett, Século XIX, Teatro, Literatura portuguesa, Gil VicenteRésumé
Este trabalho pretende apresentar as bases do projeto civilizatório liderado e posto em prática por Almeida Garrett: a restauração do teatro português no século XIX. A partir disso, realizaremos uma análise de Um auto de Gil Vicente, peça de Garrett que retoma As cortes de Júpiter, de Gil Vicente, considerado o fundador da dramaturgia portuguesa. Discutiremos como, ao ambientar ação de seu drama em 1521, Garrett poderia falar de sua própria época, questionando os limites da democracia liberal conquistada.
Références
AMORIM, Francisco Gomes de. Garrett: Memorias Biographicas. Lisboa: Imprensa Nacional, 1881-1884, 3 v.
BRAGA, Teófilo. Dois monumentos. In: GARRETT, Almeida. Frei Luís de Sousa e Um auto de Gil Vicente. Porto: Livraria Chardron, de Lélo e Irmão, [s.d.].
BUESCU, Helena Carvalhão. O romantismo e a gênese do romance histórico. In: HERCULANO, Alexandre. Lendas e Narrativas. Apresentação crítica, selecção, notas e sugestões para análise literária por Helena Carvalhão Buescu. Lisboa: Editorial Comunicação – Col. Textos Literários, 1987.
CARDOSO, Zélia de Almeida. O Anfitrião, de Plauto: uma tragicomédia? In: Itinerários. Araraquara, n. 26, 15-34, 2008.
DAVID, Sérgio Nazar. Introdução geral. In: GARRETT, Almeida. Correspondência para Rodrigo da Fonseca Magalhães. Edição crítica de Sérgio Nazar David. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2016.
PORTUGAL. Diário do Governo. Lisboa: Imprensa Nacional, nº 273, 1836.
GARRETT, Almeida. Origens do theatro moderno – Theatro portuguez até aos fins do XVI seculo. In: O panorama: jornal litterario e instructivo. Lisboa: 1837.
______. Obras do Visconde de Almeida Garrett. Tomo III. Segundo do Theatro. Lisboa: Imprensa Nacional, 1880.
_____. Ao Conservatório Real. In: ___. Frei Luís de Sousa. Viagens na minha terra. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1965.
GAY, Peter. A experiência burguesa: da rainha Vitória a Freud – a paixão terna. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
HERCULANO, Alexandre. Poesia: Imitação, Belo, Unidade. In: Repositório Literário, 1835.
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens – o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 2000.
KOWZAM, Tadeusz. Os signos no teatro – Introdução à semiologia da arte do espetáculo. In: GUINSBURG, José; COELHO NETO, José Teixeira e CARDOSO, Reni Andrade (orgs.). Semiologia do teatro. São Paulo: Perspectiva, 2003, p. 93-123.
REBELLO, Luiz Francisco. O teatro romântico (1838-1869). Lisboa: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, Biblioteca Breve, 1980.
RODRIGUES, Maria Idalina Resina. De Gil Vicente a ‘Um Auto de Gil Vicente’. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2006.
SILVA, Edson Santos. Estéticas teatrais portuguesas na época da Garrett. In: Todas as Musas. São Paulo: Editora Todas as Musas, 2011.
UBERSFELD, Anne. Para ler o teatro. São Paulo: Perspectiva, 2005.
VAQUINHAS, Irene. Nem gatas borralheiras, nem bonecas de luxo. As mulheres portuguesas sob o olhar da história (séculos XIX e XX). Lisboa: Livros Horizonte, 2005.
VICENTE, Gil. Cortes de Júpiter. Lisboa: Centro de Estudos de Teatro – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, s/d.