Necropolítica na mídia noticiosa: Paradoxos discursivos sobre o assassinato da menina Ágatha Félix nos websites ‘Alma Preta’ e ‘O Globo’
Resumen
O artigo se propõe a examinar como as mídias digitais de conteúdo noticioso Alma Preta Jornalismo (APJ) e O Globo enquadraram a violência policial que resultou no assassinato, em 2019, de Ágatha Félix, 8 anos, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Adotou-se a análise de conteúdo qualitativa, articulando aportes teóricos do newsmaking, do racismo estrutural e da necropolítica, para cotejar um corpus de reportagens em busca de compreender as significações das mensagens sob condições de produção sócio-históricas situadas. Observou-se que o veículo contra-hegemônico APJ, com menor número de fontes de informação oficiais, trouxe pautas reflexivas sobre racismo e necropolítica. Inversamente, o veículo hegemônico O Globo, embora com cobertura factual mais detalhada, não aprofundou criticamente o problema societal sistêmico das relações entre violência policial e racismo.
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