Direitos humanos, necrocapitalismo e neofascismos nos tempos da pandemia
DOI:
https://doi.org/10.63272/2526-5229.2025.70001Resumo
O mundo viveu nos últimos anos, a partir de janeiro de 2020, uma grave crise sanitária através da pandemia provocada pela Covid-19. A pandemia aprofundou o quadro de crise que já existia anteriormente e que, nos anos anteriores, já atingia diretamente as formas
democráticas de organização sociopolítica das sociedades contemporâneas, limitando e destruindo liberdades políticas, direitos sociais e ambientais e derrubando os muros que ocultavam a verdadeira face do modelo de organização social do capitalismo. Uma
crise que se desenvolveu a partir dos anos de 1980 com a primeira ofensiva neoliberal, ganhando agressividade com o início da segunda fase de expansão neoliberal a partir da grande depressão de 2008 e mais um colapso do capitalismo global. A segunda ofensiva do capitalismo neoliberal mostrou-se bem mais violenta e destituída de quaisquer pretensões democráticas. Foi nesse momento, de crise cíclica do capital e de crise orgânica, condições agravadas pela crise pandêmica, onde os novos fascismos despertaram e passaram a ter visibilidade social e política em todas as partes do mundo, atacando todas as referências emancipatórias da modernidade e todos os valores humanistas, as liberdades democráticas e os direitos humanos. A pesquisa buscou entender o contexto da crise em sua tripla dimensão (crise do capitalismo; crise de hegemonia da democracia liberal; crise sanitária
do coronavírus) e a ameaça real às conquistas de direitos humanos com a ascensão dos novos fascismos. Identificar e entender a dimensão e as consequências da realidade de crise e retrocessos foi o objetivo central do presente estudo.
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