Questa è una versione superata pubblicata il 2024-03-12. Visita la versione più recente.

MULHERES INDÍGENAS CONSTRUINDO AUTONOMIAS: CACIQUE PEQUENA NA LUTA POR DIREITOS

Autori

  • Regilene Alves Vieira Universidade Federal da Bahia
  • Mona Lisa da Silva Universidade Federal da Bahia

Parole chiave:

Gênero, Mulheres Indígenas, Trajetória, resistência.

Abstract

As mulheres indígenas têm desenvolvido a mais de 520 anos, desde o período da invasão do colonizador, políticas de resistências para lidar contra a colonialidade do gênero que tem atravessado e violentado suas vidas, de seus povos e territórios. Atualmente, no estado do Ceará, observamos um importante movimento de mulheres indígenas que estão organizadas a partir da Articulação das Mulheres Indígenas do Ceará-AMICE. Além disso, nos últimos anos muitas mulheres têm se tornado principais lideranças em suas aldeias e ocupado posições de poder em espaços antes ocupados tradicionalmente por homens (MACHADO, 2011). Entre elas, podemos citar uma mulher conhecida por Cacique Pequena, do povo Jenipapo-Kanindé, localizado na aldeia Lagoa Encantada, município de Aquiraz-CE. Cacique Pequena foi a primeira mulher a se tornar cacica no estado e desde o final da década de 80 tem liderado a luta de seu povo pela terra, saúde, educação e dignidade humana, se tornado uma importante liderança nas insurgências étnicas na região. Nesse sentido, o trabalho proposto tem como objetivo compreender a trajetória de vida de Cacique Pequena articulada a luta pelo território, bem como, compreender os mecanismos de enfrentamento as violências por ela experienciada durante sua trajetória. A metodologia utilizada foi de cunho etnográfico em que o trabalho de campo, observação-participante e entrevistas semiestruturadas, foram as principais estratégias para o recolhimento de dados.

Riferimenti bibliografici

ALVES, Raquel da Silva. Mulheres Da Encantada: protagonismo feminino, lutas e conquistas junto ao Movimento Indígena no estado do Ceará. 2021. 60 f. TCC (Graduação) - Curso de Serviço Social, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cachoeira, 2021.

CABNAL, L. Acercamiento a la construcción del pensamiento epistémico de las mujeres indígenas feministas comunitarias de Abya Yala. In: Feminismos diversos: el feminismo comunitario. España: ACSUR – Las Segovias, 2010.

LEAL, Caroline; SCHILLACI, Manuela. Apresentação. In: MENDONÇA, Caroline Leal et al (Org.). Mulheres Indígenas da Tradição. Pernambuco: 2018.

LUGONES, María. Colonialidade do Gênero. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Pensamento feminista hoje. 2. ed. Perspectivas Decoloniais: Bazar do Tempo, 2020. Cap. 1. p. 52- 83.

MACHADO, Jurema. Gênero e Mulheres Indígenas no Nordeste. In: LEAl, Caroline; ENEIDA, Heloisa; ANDRADE, Lara Erendira (Org.).Guerreiras a Força das Mulheres Indígenas:Mulheres Indígenas em Pernambuco Afirmando Tradições, Identidadese Protagonismos.2011. Disponível em: <http://indiosnonordeste.com.br/wp-content/uploads/2015/01/revista-guerreiras_indiosNE.pdf>. Acesso em: 06 abr. 2017

OYEWÚMÍ, Oyérónké. A Invenção das Mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021. 537 p. Tradução de wanderson flor do nascimento.

RAMOS, Elisa Urbano; SILVA, Francisca Bezerra da. O MOVIMENTO DE MULHERES INDÍGENAS EM PERNAMBUCO. In: MENDONÇA, Caroline Leal (Org.). Mulheres Indígenas da Tradição. Pernambuco: 2018. p. 8-10.

SEGATO, Rita Laura. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial. Coimbra, 2012. Disponível em: https://journals.openedition.org/eces/1533 Acesso em 03 de março de 2018.

VIEIRA, Regilene Alves. Mulheres indígenas em movimento: um olhar sobre o protagonismo das mulheres jenipapo-kanindé, Aquiraz-ce. 2019. 103 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Antropologia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2019.

Pubblicato

2024-03-12

Versioni