Contra o exílio de si mesmo: liberdade e individualidade em “Dragão e Eu”, de Teixeira de Sousa.

Autores

  • Hêmille Raquel Santos Perdigão Universidade Federal de Ouro Preto

DOI:

https://doi.org/10.35520/mulemba.2020.v12n23a43837

Palavras-chave:

exílio de si mesmo, liberdade, individualidade.

Resumo

O presente trabalho apresenta e refuta as ideias de que há um desejo, por parte dos africanos, de pertencimento a uma comunidade maior. Para isso, é apresentado o texto Orfeu Negro, de Sartre, e explanada a
menção que o autor faz à tragédia de Sófocles, Filoctetes, como exemplo de exílio de si mesmo. Por fim,
tem-se uma leitura do conto “Dragão e eu”, do cabo-verdiano Teixeira de Sousa elucidando a temática
do exílio de si mesmo. A conclusão é que o que move os seres não é um desejo de pertencimento a uma
comunidade maior, mas sim um desejo de conhecimento de si.

Biografia do Autor

Hêmille Raquel Santos Perdigão, Universidade Federal de Ouro Preto

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Letras (Estudos da Linguagem) da Universidade
Federal de Ouro Preto

Referências

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Publicado

2021-05-21