As autoridades tradicionais e a guerra civil moçambicana em <i>Ventos do apocalipse</i>, de Paulina Chiziane

Autores

  • Maria Perla Araújo Morais UFT - Universidade Federal do Tocantins

DOI:

https://doi.org/10.35520/mulemba.2016.v8n15a5337

Palavras-chave:

Paulina Chiziane, guerra civil, socialismo, tradição, Moçambique

Resumo

Ventos do apocalipse, de Paulina Chiziane, trata da guerra civil em Moçambique. Depois da independência moçambicana, o partido-estado Frelimo adotou um governo de orientações socialistas, espelhando um aparato organizacional e político europeu. Acontece que antigas lideranças locais, insatisfeitas com a perda de poder e com abandono de tradições, tiram proveito do despreparo da Frelimo para governar as comunidades locais e se organizam em torno da Renamo, tornando aguda a crise social que se seguiu à independência. O confronto entre o projeto de nação do partido-estado Frelimo e as lideranças tradicionais delineiam um panorama apocalíptico dentro do romance. Chiziane discute o papel e lugar da tradição no contexto de criação de uma identidade nacional que desconsiderava a organização política, econômica e cultural preexistente

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Publicado

2016-12-15