INÍCIO DE UM ESTUDO DE CASO: RELAÇÕES DE TRABALHO E OS SERVIDORES COM DEFICIÊNCIA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

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Resumo

Nas relações de trabalho, a ideia de superação e performance é evidente. E, em regra, a pessoa com deficiência presente nesta esfera tem sobre si a exigência de superar sua deficiência e alcançar os padrões normativos; quando não negado de pronto sua entrada por suas características. Disso surge o fenômeno do capacitismo, qual seja, o preconceito atrelado às capacidades da pessoa com deficiência. A discussão acerca da temática capacitismo tomou uma dimensão considerável a partir de 2015, quando a Lei Nº 13.146, que define o Estatuto da Pessoa com Deficiência, passou a prever que “toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação”. O momento é propício para que a sociedade como um todo e as organizações em particular comecem a agir diante do problema do capacitismo; e, para que a área de gestão de pessoas assuma um papel de liderança na discussão sobre inclusão. Especialmente pelo cenário atual de produtivismo que assola as instituições de ensino do país, é necessário que as organizações se preocupem mais com os indivíduos do que com os números e adotem medidas de prevenção e combate ao capacitismo. Esse projeto se destinará a analisar como se dão as relações de trabalho dos servidores com deficiência na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), se as mesmas são permeadas por capacitismo e qual significado possui o trabalho para essas pessoas.

Biografia do Autor

Bianca Spode Beltrame, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Possui Especialização em Administração Pública Contemporânea pela UFRGS (2018); graduação em Administração de Empresas pela Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (2011) e graduação em Direito pela Universidade Franciscana (2006); MBA em Gestão de Pessoas, com formação para o Magistério Superior, pela Universidade Anhanguera/Rede LFG (2012) e Mestrado em Direção de Recursos Humanos pela Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales/UCES/Buenos Aires (2015), reconhecido pelo Programa de Pós Graduação da Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Administração de Recursos Humanos e Gestão de Organizações Públicas.

Maria Beatriz Rodrigues, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professora Adjunta da Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EA-UFRGS), professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA-UFRGS). Professora visitante no Departamento de Ciências da Formação da Università Degli Studi di Macerata (Itália). Pós-doutora em Educação pelo PPGIE-UFRGS, PhD em Development Studies (Sociologia) pela University of Sussex, GB, (2001), Mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1991) e Psicóloga pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1985). Experiência de vida e de trabalho como pesquisadora, psicóloga e educadora na Europa, desde 2002. Embaixadora no Brasil do Institute of Development Studies entre 2013 e 2016 (IDS - University of Sussex). Consultora da Unesco (2009-2011) em educação e diversidade, em projetos de saúde das populações indígena e negra e contra a violência com idosos. Trabalha em Administração, Psicologia e Educação, atuando principalmente nos temas: ética e diversidade; inclusão laboral e educacional; modos de saber e de pesquisar; cultura e interculturalidade. 

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Publicado

2024-09-11

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Seção

Artigo