O MURO QUE CONSTRUÍMOS AO REDOR: ANÁLISE FÍLMICA DE THE WALL (PINK FLOYD, 1982)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61358/policromias.v3i2.16067

Palavras-chave:

Pink Floyd, The Wall, Trilha sonora, Análise do discurso, Mídias

Resumo

The Wall é o álbum mais conhecido da aclamada banda britânica de rock progressivo Pink Floyd. O filme de mesmo nome foi lançado em 1982 e explora temáticas do existencialismo pós-guerra, como totalitarismo, liberdade, loucura e subversão. Esta ópera rock contém poucos diálogos, mas é permeada de expressividade através das letras das músicas e do instrumental cadenciado e afiado da banda. O objetivo principal deste trabalho foi explorar as inter-relações visuais e musicais da obra a partir da sinestesia sensorial e representações do irreal evocadas pela mesma. A análise fílmica foi realizada a partir da observação, caracterização e discussão isolada, contextual e interacional entre os diferentes elementos que caracterizam a obra, como as letras das músicas, os arranjos musicais, as animações, a verossimilhança do filme com a banda e as representação de fatos históricos. O filme aborda através de metáforas os sistemas ditatoriais, o controle de massas, as drogas e o próprio mundo de ilusões que construímos ao nosso redor a partir de nossas experiências, traumas e anseios. The Wall é construído a partir da apresentação de uma série de fatos reais, assim como a criação de um universo ficcional através das animações surreais.

Biografia do Autor

Gustavo Lopez Estivalet, 1. Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Professor Visitante da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) na área de Teoria e Análise Linguística. Realizou pós-doutorado (PDJ/CNPq, 2018) no Laboratório da Linguagem e Processos Cognitivos (LabLing) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Brasil, com pesquisa sobre o processamento fonológico e o acesso lexical em crianças disléxicas e não disléxicas. Possui doutorado (GDE/CNPq, 2016) em Neurociências e Ciências Cognitivas na Université Claude Bernard Lyon 1 (UCBL), Lyon, França, com pesquisa sobre o processamento morfológico e o acesso lexical em falantes nativos e não nativos. Possui mestrado (CAPES, 2012) em Linguística na UFSC com pesquisa sobre a aquisição da linguagem e a produção oral em língua estrangeira. Possui graduação em Letras - Língua Francesa e Literaturas, habilitação em licenciatura e habilitação em bacharelado na UFSC. Tem interesse em linguística, psicolinguística, neurolinguística, linguística computacional, fonologia, morfologia, sintaxe e ciências cognitivas. Possui formação de Técnico em Eletrônica.

Josias Ricardo Hack, 1. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Josias Ricardo Hack (JR Hack) é doutor em Comunicação Social com estágio sênior em Psicologia (CPUP / Portugal, 2017) e pós-doutorado em Análise Cultural (ICAn / Inglaterra, 2012) e Comunicação e Arte (DeCA / Portugal, 2011). Psicoterapeuta e Coach da Psique com formação em Gestalt-Terapia, Hipnoterapia e Psicanálise. Professor associado e pesquisador do Departamento de Artes da Universidade Federal de Santa Catarina. Membro colaborador do CPUP (Centro de Psicologia da Universidade do Porto). Membro Sênior da ONP (Ordem Nacional dos Psicanalistas). Membro da SPHM (Sociedade Portuguesa de Hipnose e Motivação). Linhas de investigação e áreas de interesse: Gestalt; Arte; processos hipnóticos; comunicação corporal; cognição, motivação e emoção; audiovisual; Psicanálise Revisionista; diálogo, afetividade e aprendizagem; literacia digital.

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Publicado

2018-12-28

Edição

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Artigos