E SE ESSA VIDA, ESSA VIDA NÃO FOSSE MINHA. O TEMPO SUI-GENERIS DA NARRATIVA DE SI NA CINEBIOGRAFIA SOBRE CANTORES
DOI:
https://doi.org/10.61358/policromias.v7i1.49490Palavras-chave:
Michel Foucault, funcionamento, Discurso (e) enunciado, dessubjetivação, documentário, cinebiografiaResumo
Neste artigo proponho-me a desenvolver uma análise do documentário Rio sonata, de George Gachot, 2010, que narra a vida da cantora Nana Caymmi. Este documentário caracteriza o estilo de construção de documentário sobre avida de cantores que caracteriza este cineasta. A hipótese de análise é de que Rio sonata se estrutura discursivamente, sem qualquer compromisso com a coerência em relação ao dito antes sobre a cantora Metodologicamente emprego o conceito de narratividade como atos enunciativos inscritos numa linguagem - no caso a linguagem do documentário cinebiográfico. O objetivo é mostrar como o filme põe em tela o movimento de um constante processo de subjetivação operado no espaço tempo da filmagem.
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