E SE ESSA VIDA, ESSA VIDA NÃO FOSSE MINHA. O TEMPO SUI-GENERIS DA NARRATIVA DE SI NA CINEBIOGRAFIA SOBRE CANTORES
DOI :
https://doi.org/10.61358/policromias.v7i1.49490Mots-clés :
Michel Foucault, funcionamento, Discurso (e) enunciado, dessubjetivação, documentário, cinebiografiaRésumé
Neste artigo proponho-me a desenvolver uma análise do documentário Rio sonata, de George Gachot, 2010, que narra a vida da cantora Nana Caymmi. Este documentário caracteriza o estilo de construção de documentário sobre avida de cantores que caracteriza este cineasta. A hipótese de análise é de que Rio sonata se estrutura discursivamente, sem qualquer compromisso com a coerência em relação ao dito antes sobre a cantora Metodologicamente emprego o conceito de narratividade como atos enunciativos inscritos numa linguagem - no caso a linguagem do documentário cinebiográfico. O objetivo é mostrar como o filme põe em tela o movimento de um constante processo de subjetivação operado no espaço tempo da filmagem.
Références
Referências bibliográficas
CARRIÈRE, Jean-Claude. A linguagem secreta do cinema. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015
FOUCAULT, M., “O retorno de Pierre Rivière”. In MOTTA ,M. B. (org.). Ditos & Escritos: VII Arte, Epistemologia, Filosofia e História da Medicina. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011, p. 79-88
FOUCAULT, Michel. “A vida dos homens infames”. In: MOTTA, M. B. (org.) Estratégia, poder-saber. 2. ed. Tradução de Vera Lúcia Avelar Ribeiro. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006. (Ditos e escritos; IV) p. 203-222
FOUCAULT, M. O enigma da revolta: entrevistas inéditas sobre a Revolução Iraniana.Tradução de Lorena Balbino. São Paulo: n-1, 2018.
RIO SONATA . Direção de Georges Gachot.. Roteiro de Georges Gachot. Com Dorival Caymmi, Erasmo Carlos, Gilberto Gil 2010.
SOUZA, P. “A produção discursiva da presença e a memória da voz, O documentário Nelson Gonçaves”. In: Estudos no campo do discurso, Campinas, Mercado de Letras, 2016, v.01, p. 33-52