A FAMÍLIA REAL CAI NO SAMBA: INTERFACES ENTRE CARNAVAL E HISTÓRIA PÚBLICA
DOI:
https://doi.org/10.61358/policromias.v5i2.38176Palabras clave:
educação, cultura popular, escolas de samba, efeméride.Resumen
O presente estudo tem como objetivo geral analisar como os enredos das escolas de samba do Rio de Janeiro: Grêmio Recreativo Escola de Samba (G.R.E.S.) São Clemente, G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense e G.R.E.S Mocidade Independente de Padre Miguel abordaram em seus desfiles os 200 anos da Chegada da Corte Portuguesa ao Brasil no carnaval carioca de 2008. Ao consideramos a importância das agremiações carnavalescas na constituição da cultura popular da população fluminense, indagamos: de que modo essas escolas dialogam com a memória e produzem releituras de fatos históricos? Como tais enredos podem contribuir na difusão desses saberes? Para tanto, mobilizam-se conceitos teórico-metodológicos produzidos no âmbito da historiografia, tais como Almeida e Rovai (2011), Bonaldo (2014), Ciambarella (2014) e Ferreira (2014) com vistas ao entrelaçamento entre carnaval e História Pública, a partir de entrevistas com alguns participantes de tais agremiações. As perguntas realizadas buscaram compreender as construções das narrativas apresentadas na Avenida Marquês de Sapucaí; os modos pelos quais os carnavalescos versaram sobre o tema escolhido e de que forma tentaram traduzi-lo por meio de suas artes e criações. Por fim, discorremos sobre as potencialidades dos enredos das escolas de samba como expressões de uma história produzida em parcerias para um grande público.
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Citas
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