Consumo alimentar de crianças e adolescentes com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade atendidas em um hospital universitário no Rio de Janeiro

Autores

  • Renata Ribeiro Spinelli Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Joana Dias da Costa
  • Giuseppe Mario Carmine Pastura
  • Amanda De Oliveira
  • Gabriel França Toledo Pinto
  • Patricia De Carvalho Padilha

DOI:

https://doi.org/10.64176/ippmg.v4n1.003

Resumo

Objetivo: Avaliar o consumo alimentar de crianças e adolescentes com TDAH atendidos em um Hospital Universitário na cidade do Rio de Janeiro. Métodos: Estudo transversal, onde foram elegíveis crianças e adolescentes entre 6 a 18 anos e com diagnóstico de TDAH, atendidas entre março e setembro de 2021. Foram excluídos os participantes que se recusaram a fazer o Recordatório Alimentar 24h; em uso de medicações com efeito no ganho de peso; com associação de outros diagnósticos que pudessem enviesar a amostra e com síndromes disabsortivas. A avaliação do consumo alimentar foi realizada por meio do recordatório 24h (R24h), de acordo com o método 5-Step Multiple-Pass. Dados sociodemográficos, do acompanhamento clínico e medidas antropométricas também foram coletados. Variáveis contínuas foram descritas por mediana e intervalo interquartil, e categóricas expressas em percentuais. Utilizou-se o teste Mann-Whitney para amostras independentes para comparar a mediana de consumo de acordo com idade, sexo e tempo de diagnóstico. Foi adotado como nível de significância estatística um valor de p menor ou igual a 5% (p < 0,05). Resultados: A amostra foi composta de 40 pacientes, sendo 77,5% (n=29) do  sexo masculino com mediana de idade de 13,1 (11,3-15,8) anos. A frequência do excesso de peso foi de 42,5% (n=17), sendo 25% (n=10) da amostra com obesidade. Encontrou-se nesse estudo um consumo abaixo da recomendação da Dietary Reference Intake para fibras, potássio, vitaminas A, D, E , C, B6 e cálcio. Além disso, foi observado um consumo maior de ácidos graxos trans pelas crianças de menor idade (p=0,031) e um maior consumo de açúcar de adição pelo sexo masculino (p=0,021). Conclusão:  Os achados deste estudo reforçam a possível inadequação do consumo alimentar nessa população, indicando a necessidade de um acompanhamento nutricional precoce para melhorar a qualidade de vida desses indivíduos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2025-09-11

Edição

Seção

Artigo Original