Reflexões sobre presença

Autores

DOI:

https://doi.org/10.58786/rbed.2022.v2.n2.55284

Resumo

Este ensaio aborda a noção de presença em processos de improvisação, especialmente considerando sua ocorrência com a mediação tecnológica. Nossa proposta parte da improvisação A-Round Table e se desenvolve como escrita-performativa. Esta reflexão interativa e interdisciplinar acomoda as diferentes perspectivas das integrantes da conexão Mulheres de Improvisação, que convida a(o) leitora(o) a refletir sobre questões a partir de ideias, corporeidades, sons e imagens. A partir dessas performances e vivências, concluímos que a improvisação é um processo que sempre nos coloca diante de novas camadas e novos estados de presença e o atual contexto de relações virtuais nos traz diferentes possibilidades de nos sentirmos presentes.

 

Biografia do Autor

Ivani Lucia Oliveira Santana, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Ivani Santana dedica-se ao campo da dança com mediação tecnológica a partir de investigação teórico-prática. A fundamentação conceitual estrutura-se em três pilares principais: Improvisação em Dança, Teoria Enativista e Cultura Digital. Pesquisadora PQ 1C, é mestre (2000) e doutora (2003) em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Realizou Pós Doutorado no Sonic Arts Research Centre (Reino Unido, 2012/13), com a pesquisa ?Dramaturgia do Corpo (Tele)Sonoro". Recebeu bolsa CAPES de Professora Visitante (2018/2019) na Simon Fraser University para o desenvolvimento de pesquisa interdisciplinar com colaboração do Dr. Evan Thompson, Dra. Rebecca Todd (University British Columbia) e Alva Noë (UC Berkeley/EUA) (2018/2019). Professora Titular do Departamento de Arte Corporal da Escola de Educação Física e Desporto e do Programa de Pós Graduação Dança (UFRJ) e colaboradora do PPG Artes Cênicas (UFBA). Pioneira no Brasil em pesquisa de dança telemática via redes acadêmicas avançadas de telecomunicação (TICs). Idealizadora e membro da conexão Mulheres da Improvisação e da LATINA(S)CÊNICAS - rede Latino-Americana de Tecnologias e Intermidialidades nas Artes Cênicas. Líder do Grupo de Pesquisa Poéticas Tecnológicas: corpoaudiovisual, o qual desenvolve vários projetos, muitos dos quais contemplados com bolsas e auxílios da FAPESB, CAPES e CNPq, além de editais culturais como Iberescena, VivoLab, Cultura Digital e Fundo de Cultura. Autora dos livros: Corpo Aberto: Cunningham, dança e novas tecnologias (SP:FAPESP/EDUC, 2002) e Dança na Cultura Digital (BA:FAPESB/EDUFBA,2006) e organizadora do caderno ?Estados da Dança: entrevistas, relatos e ensaios de criadores contemporâneos? (Salvador: GIPE-Cit/PPGAC/UFBA, 2006). Co-Editora Chefe da Revista Eletrônica Repertório (PPGAC). Possui vários artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais tais como International Journal of Performance Arts and Digital Media, Liminalities, Culture and Globalization, Participou da edição especial da revista belga Nouvelles de Dance com a pesquisa em artes do corpo e cognição. Artista da Dança atuante concebendo espetáculos, instalações, videodança, etc. Premiada no Monaco Dance Forum com o Prêmio Unesco para a promoção das Artes - Novas Tecnologias, e com a Residência Artística no renomado Centre Chorégraphique National Pavillon Noir, em Aix-en-Provance, França. Participa periodicamente de importantes congressos e encontros: Body & Knowledge, The Society for the Study of Artificial Intelligence and Simulation of Behaviour, Sonorities, Transmidialab, DHDR, dentre outros. Criações destacadas: ambientes cênicos interativos (ex.: Corpo Aberto/2001, RUMOS Dança Itaú Cultural ), instalações (ex.:Casa de Nina/2004, Memórias do tempo/2014), intervenções urbanas (ex.: Res: vc, Duchamp seu texto e eu/2010, Memórias do espaço/2014); videodança (ex.: Pele/2002, Memórias de uma memória/2014); Dança Telemática / Arte em Rede (ex.: VERSUS - 2005, entre 3 cidades brasileiras; Proyecto Paso - 2006, entre 3 países; Nikonen, Paso ao Chile - 2007, entre 4 países; e-Pormundos Afeto - 2009 a 2011, Brasil e Espanha; Frágil - 2011, entre 7 grupos de pesquisa brasileiros; Embodied Varios Damstadt 58 - 2013, Brasil, México, Espanha; Personare - 2014, Brasil, Portugal, Chile; ciberperformances realizadas com a APAN - The Asia Pacific Advanced Network, na qual participam países da Europa e Asia- 2012/2013 etc. A convite do Balé Teatro Castro Alves desenvolveu o projeto Gretas do Tempo (2014) <www.gretasdotempo.com.br>. Dedica-se desde 2019 ao desenvolvimento de projetos em realidade artificial.

Ligia Losada Tourinho, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Lígia Losada Tourinho é uma artista e pesquisadora carioca, 43 anos, docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro desde 2004. É Artista do Movimento - Atriz e Artista da Dança. Professora do Depto. de Arte Corporal da UFRJ, Professora permanente do Programa de Pós-graduação em Dança (PPGDan/UFRJ), o qual foi a primeira coordenadora (entre 2019-21). É professora convidada da Pós-graduação em Laban/Bartenieff da Faculdade Angel Vianna (FAV-RJ). Foi Diretora da Associação Nacional de Pesquisadores em Dança (ANDA) - Gestão 2018-21 e atualmente faz parte do Comitê Editorial desta Associação - Gestão 2021-23. É Professora dos cursos de Bacharelado em Dança, Bacharelado em Teoria da Dança, Licenciatura em Dança e Direção Teatral da UFRJ. Doutora em Artes pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Mestre em Artes e Bacharel em Artes Cênicas pela mesma instituição. Especialista em Laban/ Bartenieff pela Faculdade Angel Vianna (FAV) e Analista do Movimento/ Laban Institute Movement Studies (CMA/ LIMS/ NY, EUA). Integrante das Mulheres da Improvisação (https://mulheresdaimprovis.wixsite.com/impromulheres). Fundadora e coordenadora do Grupo de Pesquisa em Dramaturgias do Corpo (CNPQ/ UFRJ) que realiza um Mapeamento dos Espetáculos em Cartaz na Cidade do Rio de Janeiro desde 2012 e o Projeto de Extensão Grupo de Estudos do Centro Coreográfico. Foi a Coordenadora do Núcleo Rio de Janeiro do Projeto Mapeamento Nacional da Dança nas Capitais Brasileiras e no Distrito Federal (2014/15). Destaca-se por ser autora de artigos nacionais e internacionais, bem como capítulos em livros e livros no campo das Artes da Cena. Sua produção bibliográfica conta com mais de 50 produtos bibliográficos. Possui grande experiência em organização de eventos, sendo que 6 deles foram congressos nacionais e internacionais de grande porte, com qualis técnico-tecnológico A e com fomento de instituições como Faperj, Capes e CNPQ. Um destes projetos, o da VI Reunião Científica da Anda, foi submetido em seu nome ao Edital de Apoio a Eventos da Capes. Possui ampla experiência com bancas e orientações, dentre trabalhos de conclusão de curso, mestrado, doutorado e concursos públicos, além de comissão de seleção de importantes editais de arte e cultura e até mesmo do carnaval carioca. É uma artista atuante na cena de dança e do teatro com notória experiência artística, são mais de 80 obras realizadas em 23 anos de carreira. É idealizadora e diretora do Projeto Jogo Coreográfico (criado em 2006). Destaca sua atuação em espetáculos com grandes nomes na direção como Regina Miranda, Verônica Fabrini, João das Neves, Norberto Presta, Ruy Filho, Eduardo Wotzik, Marinho Piacentini e Eusébio Lobo. Seus projetos idealizados, bem como os que atuou, foram contemplados pelos mais importantes fomentos às Artes do Brasil, como: PAEP/ Capes, Faperj, Rumos Itaú Cultural 2014-15 (100 projetos foram selecionados dentre 15.000 inscritos), Centro Cultural Banco do Brasil, Fundo de Apoio à Dança da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro (2013), Bolsa de apoio a residências artísticas da Rede Iberescena 2012, Prêmio Funarte Petrobrás 2012 Mirian Muniz, Prêmio Funarte Petrobrás 2010 de Artes Cênicas na Rua, Prêmio Klauss Vianna 2007 Funarte/ Petrobrás. Suas obras foram convidadas e selecionadas pelas principais curadorias do país como a Bienal de Dança do SESC, Circuito SESC de Dança, Temporadas diversas pelos SESCs do Brasil, Projeto Ciranda nas Escolas da Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, Festival Internacional de Dança do Ceará, etc.

 

Walmeri Ribeiro, Universidade Federal Fluminense

Artista-pesquisadora com pós-doutorado no departamento de Fine Arts da Concordia University (bolsa Capes), doutorado em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP ( bolsa CNPQ) e mestre em Artes pela UNICAMP, é professora da Universidade Federal FluminenseUFF e dos Programas de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos das Artes - PPGCAUFF e em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro - PPGAVEBAUFRJ. Entre 2013 e 2017, atuou como professora do Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do CearáUFC, tendo participado da criação e implementação do programa, o qual coordenou entre 2012 e 2014. É ,ainda, coordenadora do BrisaLAB- Laboratório de pesquisa em Performance+ Media Arte + Questões ambientais (UFF CNPQFAPERJ), e idealizadora e coordenadora do projeto Territórios Sensíveis (www.territoriosensiveis.com). Bolsista Jovem Cientista Nosso Estado- FAPERJ, possui experiência na área de Artes, atuando principalmente nos seguintes temas: Performance e Mídia Arte, Corpo e mediação tecnológica, Corpo - Imagem, Direção de atores para cinema, Cinema expandido, Arte e Antropoceno, Arte social e ambientalmente engajada. É autora dos Livros "Poéticas do ator no cinema brasileiro"( intermeios, 2014) e Territórios Sensiveis Baía de Guanabara ( Circuito, 2020), co-organizadora do livro "Das artes e seus territórios sensíveis (intermeios, 2014) e Das Artes e seus Percursos Sensíveis (Intermeios,2016), Arte: Novos modos de viverhabitar ( Intermeios,2019), além de artigos publicados em importantes periódicos nacionais e internacionais e obras artísticas expostas no Brasil e no exterior.

Líria de Araújo Morais, Universidade Federal da Paraíba

Artista, professora e pesquisadora em Dança. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba no Departamento de Arte Cênicas. Professora do Programa de Mestrado Profissional em Artes em Rede - ProfArtes - UFPB. Doutora em Artes Cênicas pelo PPGAC-UFBA. Mestre e Especialista em Dança pelo PPGDança-UFBA. Licenciada em dança pela Universidade Federal da Bahia. Integra algumas participações artísticas no coletivo A-Feto - coordenado por Ciane Fernandes. É integrante do grupo de estudos em improvisação - BANDO. É integrante do projeto de pesquisa Conexões MI - Mulheres da Improvisação - sob a coordenação da pesquisadora Ivani Santana. É coordenadora do Grupo de Pesquisa Radar 1 - Grupo de Improvisação em Dança (UFPB) - Cnpq. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em dança. Área de investigação teórico-prática em improvisação e composição em dança, com ênfase nas questões relacionais do dançarino, da cena e da especificidade do lugar (palco, rua, casa, etc.) para a criação em dança.

Nara Miranda de Figueiredo, Universidade Federal de Santa Maria

Professora adjunta e pesquisadora do departamento e do programa de pós graduação em filosofia do Centro de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Federal de Santa Maria CCSH/UFSM. Pesquisadora colaboradora do Centro de Lógica e Epistemologia da Universidade Estadual de Campinas - CLE/Unicamp. Áreas de pesquisa: Filosofia da Mente, Filosofia da Linguagem, Epistemologia e Metafísica. Foco da pesquisa: possibilidades de investigar a linguagem em contextos verbais e não verbais, enativismo, movimento, sentido, significado e ciência cognitiva. Possui bacharelado e licenciatura em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, mestrado e doutorado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo - FFLCH/USP. Pós-doutorados pela USP, Unifesp e Unicamp. Com experiência internacional em pesquisas doutoral e pós-doutoral em filosofia e ciências cognitivas. Preza pela interação acadêmica com pares e interdisciplinar, e pela atuação das mulheres na filosofia. Faz parte da equipe Cognição & Linguagem (C&L), do Grupo de Escrita para Mulheres na Filosofia (GEMF), do coletivo Mulheres da Improvisação (MI), da Rede Brasileira de Mulheres Filósofas (REDE), da Sociedade Brasileira de Filosofia Analítica (SBFA gestão 2019-2020) e do Grupo Cognição, Linguagem, Enativismo e Afetividade (CLEA). https://sites.google.com/view/naramfigueiredo/home

Ana Paula Emerich, Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Artista visual e sonora, com pesquisas que articulam imagem, perspectivas conceituais, topologias da escuta, gravação em campo, escultura, práticas de arquivo e imaginação politica no território da arte contemporânea. Participa de residências, desenvolve trabalhos comissionados e suas criações são apresentadas em contextos expositivos, editoriais e cênicos. Bacharel em Música-Regência (UNICAMP/FAPESP), mestre em Arte e Cultura Contemporânea (PPGArtes UERJ/FAPERJ) e doutoranda no mesmo programa, com bolsa CAPES. Professora no Iart UERJ, integra a equipe editorial da Revista Concinnitas. Portfolio: www.anapaulaemerich.com

Tânia Marín Pérez, Universidade Federal da Bahia

Cursando Phd em Artes Cênicas na UFBA, Bolsista FAPESB. Possui graduação em Letras - Artes e Mediação Cultural pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (2015) e mestrado em INTERDISCIPLINAR EM ESTUDOS LATINO-AMERICANOS pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (2018). Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Artes, atuando principalmente nos seguintes temas: identidad virtual, cuerpo digital e redes sociales.

Downloads

Publicado

2022-12-30 — Atualizado em 2023-12-01

Versões

Edição

v. 2 n. 2 (2022): Pesquisas em Dança: fluxo contínuo

Seção

Ensaios

Licença

As pessoas autoras que publicarem na Revista Brasileira de Estudos em Dança são os responsáveis pelo conteúdo dos artigos assinados e retém os direitos autorais. Concedem à revista o direito de primeira publicação com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-Não Comercial  4.0 (Open Archives Iniciative - OAI). Esse recurso, utilizado para periódicos de acesso aberto, permite o compartilhamento do trabalho para fins não comerciais com reconhecimento da autoria. Caso o texto venha a ser publicado posteriormente em outro veículo, a pessoa autora deverá informar que o mesmo foi originalmente publicado como artigo na Revista Brasileira de Estudos em Dança. Assim sendo, ainda que a revista seja detentora da primeira publicação, é reservado às pessoas autoras o direito de publicar seus trabalhos em repositórios institucionais ou em suas páginas pessoais, mesmo que o processo editorial não tenha sido finalizado. 

É reservado à revista o direito de realizar alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical visando manter o padrão de língua, respeitando-se, porém, o estilo autoral.