Entre bundas e línguas
sexualidade e envelhecimento na cena gaúcha
DOI:
https://doi.org/10.58786/rbed.2024.v3.n6.66376Palavras-chave:
dramaturgia, gênero, sexualidade, envelhecimentoResumo
O texto aborda a dramaturgia da Eduardo Severino Cia. de Dança, com foco nas questões de gênero, sexualidade e envelhecimento na cena contemporânea do Rio Grande do Sul. A metodologia deste estudo de caso incluiu questionários, análises de espetáculos, materiais de divulgação e consultas ao site da Companhia. Neste artigo, o corpo é analisado sob uma perspectiva crítica e contemporânea, na qual a fisicalidade revela a passagem do tempo e celebra uma sexualidade múltipla, livre de rótulos, que abarca prazeres diversos, marginais e humanos. Para a Eduardo Severino Cia. de Dança, abandonar a prática da dança com o avanço da idade não é uma possibilidade; o corpo que envelhece resiste, transformando a criação e a fruição da dança.
Referências
ANDREOLI, Giuliano Souza. Dança, gênero e sexualidade: um olhar cultural. Revista Conjectura, v. 15, n. 1, jan./abr. 2010.
ANDREOLI. Representações de masculinidade na dança contemporânea. Revista movimento, Porto Alegre, v.17, n.01, p.159-175, jan-mar, 2011.
BUTLER, Judith. Corpos que ainda importam. Dissidências Sexuais e de Gênero. Leandro Colling (Org.). Salvador:EDUFBA, 2016.
DEBERT, Guita G.; BRIGEIRO, Mauro. Fronteiras de Gênero e a Sexualidade na Velhice. Revista Brasileira de Ciências Sociais, Vol.27, N. 80, 2012. (pp. 37-53).
DUARTE, Gustavo de Oliveira e SANTOS, Oneide Alessandro Silva dos. Entre armários e gavetas, eu danço! Revista OuvirOuver. Uberlândia/MG, v.16, n.2, p.608-628, jul./dez. 2020.
DUARTE, Gustavo de Oliveira. Homens que dançam em Pelotas/RS. Revista Paralelo 30. Pelotas/RS: Editora da UFPel, 2016.
DUARTE, Gustavo de Oliveira; BERTÉ, Odailso Sinvaldo. Entre barba e purpurina: Pedagogias e Dramaturgias ao estilo Dzi Croquettes. Urdimento: Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 2, n. 32, p. 488–504, 2018.
DUARTE, Gustavo de Oliveira. Dança e Artivismo: corpos (im)possíveis? In.: Arte e Estética na Educação: corpos plurais / Marco Aurélio da Cruz e Souza, Carla Carvalho (Orgs). Curitiba: CRV, p.99-111, 2022.
ESTEBAN, Maria. Pesquisa qualitativa em educação. Porto Alegre: AMGH, 2010.
DUARTE. Gustavo de Oliveira. Homens que dançam: cena e docência e o processo de envelhecimento. Santo Ângelo: Metrics, 2022.
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1976.
FOUCAULT, Michel. O Corpo Utópico, as Heterotopias. (Tradução: Salma Tannus Muchail). São Paulo: N, -1 Edições, 2013.
HANNA, Judith Lynne. Dança, sexo e gênero: signos de identidade, dominação, desafio e desejo. Tradução de Mauro Gama. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.
PORTO, R. Ensino de danças de salão: transgredindo os binarismos de gênero. D’generus: Revista de Estudos Feministas e de Gênero, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 626-639, 2022.
PORTO, Robson; FALKEMBACH, Maria. Estratégias de ensino de dança de salão não heteronormativas:uma experiência no tatá núcleo de dança-teatro. Revista Rascunhos - Caminhos da Pesquisa em Artes Cênicas, [S. l.], v. 9, n. 3, p. 41–62, 2022.
PORTO, Robson; SANTOS, Vera. Ressignificando a Ação de Conduzir na Dança de Salão: uma revisão bibliográfica de produções acadêmicas. Revista Brasileira de Estudos da Presença, [S. l.], v. 13, n. 3, p. 1–31, 2023.
SANT’ANA, Tiago. Terceira Margem do Queer. Revista Cult, São Paulo, SP, ano 20, n.226, 2017.
SEDGWICK, Eve Kosofsky. A epistemologia do armário. Cadernos Pagu, Quereres, v.28, p. 19-54, 2007. Disponível em: https://ieg.ufsc.br/storage/articles/October2020//Pagu/2007(28)/Sedgwick.pdf. Acesso em 3/12/2024.
SIMÕES, Julio de Assis. Homossexualidade masculina e o curso da vida: pensado idades e identidades sexuais. In.: Adriana Pisciteli, Maria Filomena Gregori e Sergio Carrara (Orgs.). Coleção Sexualidades e saberes: convenções e fronteiras. Rio de Janeiro, Garamond, 2004. (pp. 415-447).
SOUZA, Andréa Bittencourt de. Cenas do masculino na dança: representações de gênero e sexualidade ensinando modos de ser bailarino. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Luterana do Brasil, Canoas, 151f, 2007.
TRIVIÑOS, Augusto. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.
VIDARTE, Paco. Ética Bixa: proclamações libertárias para uma militância LGBTQ. Tradução de Maria Selenir Nunes dos Santos, Pablo Cardellino Soto. São Paulo: N-1 Edições, 2019.
VIEIRA, Marcilio. A memória gruda na pele ou a dança madura do corpo. ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes, [S. l.], v. 3, n. 2, p. 160–177, 2016.
VIEIRA, Marcilio; LIMA, Talles. Os discursos políticos inscritos no corpo que dança e (d)enuncia. Revista da FUNDARTE, [S. l.], v. 53, n. 53, 2023.
ZAMBONI, Marcio. Marcadores sociais da diferença. Sociologia: grandes temas do conhecimento (Especial Desigualdades), v. 1, p. 14-18, 2014. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5509716/mod_resource/content/0/ZAMBONI_ MarcadoresSociais.pdf. Acesso em: 30 nov. 2024.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
As pessoas autoras que publicarem na Revista Brasileira de Estudos em Dança são os responsáveis pelo conteúdo dos artigos assinados e retém os direitos autorais. Concedem à revista o direito de primeira publicação com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-Não Comercial 4.0 (Open Archives Iniciative - OAI). Esse recurso, utilizado para periódicos de acesso aberto, permite o compartilhamento do trabalho para fins não comerciais com reconhecimento da autoria. Caso o texto venha a ser publicado posteriormente em outro veículo, a pessoa autora deverá informar que o mesmo foi originalmente publicado como artigo na Revista Brasileira de Estudos em Dança. Assim sendo, ainda que a revista seja detentora da primeira publicação, é reservado às pessoas autoras o direito de publicar seus trabalhos em repositórios institucionais ou em suas páginas pessoais, mesmo que o processo editorial não tenha sido finalizado.
É reservado à revista o direito de realizar alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical visando manter o padrão de língua, respeitando-se, porém, o estilo autoral.