Orientalismo e discurso dramático-musical no “Notturno” de Condor, de Carlos Gomes

Autores

  • Marcos Virmond Universidade Sagrado Coração, Bauru, SP
  • Irandi Daroz Universidade Sagrado Coração, Bauru, SP

DOI:

https://doi.org/10.47146/rbm.v24i1.29324

Palavras-chave:

Análise musical, ópera, orientalismo, exotismo, Antônio Carlos Gomes, século XIX, música no Brasil

Resumo

Condor foi estreada em 1891, no teatro Scala, de Milão. De temática oriental, a ópera não obteve sucesso duradouro, em parte devido ao libreto pouco identificado com a estética do período. Entretanto, a música de Condor representa um significativo avanço na produção de Carlos Gomes, com uma nova proposta de estruturação melódica e coesão temática. Carlos Gomes tem sido pouco discutido em termos de análise musical, um caminho necessário e essencial para revisar o mito e revelar o artista maduro e competente. Este estudo pretende investigar as relações entre o discurso musical e dramático do “Notturno” que antecede o terceiro ato de Condor, considerando as convenções das óperas exóticas bem como tendências mais amplas no tratamento dramático-musical nas últimas décadas do século XIX. Conclui-se que o trecho em questão apresenta-se como uma síntese dos eventos dramáticos dos atos anteriores e preparação do ato conclusivo.

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Publicado

2011-06-30