“Caldo de cana”: relato de uma gravação audiovisual remota feita por uma rede de 220 flautistas brasileiros
DOI:
https://doi.org/10.47146/rbm.v33i2.39009Palavras-chave:
Orquestra de flautas. Pandemia. Gravações à distância. Ator-rede.Resumo
Este artigo é um relato de experiência da gravação audiovisual do baião Caldo de cana, composto por David Ganc em 1978 e idealizada pela Orquestra Associação Brasileira de Flautistas (ABRAF). Com o intuito de unir flautistas durante o período de distanciamento social devido à pandemia da COVID-19, a ABRAF realizou a gravação da obra de forma remota, de julho a agosto de 2020. A realização do projeto e as transformações resultantes do processo colaborativo que envolveu alguns participantes são descritas, assim como os problemas e as soluções tecnológicas encontradas na inédita tarefa de editar os áudios e vídeos produzidos pelos 220 flautistas, provenientes de todos os estados do Brasil. Os escritos de Latour (2005) e a sua teoria Ator-Rede nos auxiliam a pensar a relação humano/objeto. No nosso caso, levamos em conta a interferência facilitadora/limitadora do computador no evento gravado, e também as relações e associações que transcenderam esse coletivo de flautistas.