Motivação e colaboração no âmbito da composição a dois pianos de Francisco Mignone e a valsa “Eponina” de Ernesto Nazareth
Resumo
Artigo sobre episódio e circunstâncias que motivaram Francisco Mignone a compor 56 de suas 74 peças para formação instrumental a dois pianos, iniciando pela valsa Eponina de Ernesto Nazareth. Consequentes desdobramentos implicaram a criação de uma versão para dois pianos, com a composição de partitura para o segundo piano em justaposição à referida valsa. A relevância e o significativo número de peças para tal formação instrumental denotam que esse gênero camerístico tomou novo impulso criativo quando Mignone se uniu à pianista Maria Josephina Guimarães da Silva. O protagonismo e a colaboração da pianista são associados ao contexto da relação arte-vida, considerando-se ações artísticas envolvidas no panorama criativo por ocasião da composição daquela obra, conforme admitida por autores da psicologia e da música. Anexos às informações, são trazidos dados de registros documentais históricos. Atribui-se à partitura do segundo piano da valsa Eponina o papel de elemento motivador da permanente colaboração entre o Duo Mignone.
Palavras-chave
Francisco Mignone. Motivação. Colaboração em música. Maria Josephina Mignone. Valsa “Eponina”. Repertório a dois pianos.
Biografia do Autor
Alexandre Dietrich
Departamento de Música - UDESC - Graduação e Pós graduação -Mestrando em processos criativos.
Maria Bernardete Castelan Póvoas
Professora no Departamento de Música - UDESC - Graduação e Pós graduação