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Historiografia musical e hibridação racial

Resumen

Na historiografia sobre o que teria sido a música na América Portuguesa, grande parte da bibliografia foi permeada com o uso da cor da pele dos músicos como fundamentação de um “mulatismo musical”. Essa tese, cristalizada por Francisco Curt Lange em meados do século XX, consistia em considerar a fusão racial como ponto positivo no desenvolvimento social e cultural do povo e marca de uma identidade nacional; sobretudo se mirasse modelos europeizados. Essa forma de entender a participação mestiça na cultura tem raízes no pensamento nacionalista anterior ao Romantismo do século XIX. Vários trabalhos sobre música na América portuguesa vêm ressaltando a condição “mulata” dos músicos desde os primeiros textos de Manuel de Araújo Porto Alegre (1836). A permanência de muitos pontos desse modelo interpretativo ainda prospera em trabalhos acadêmicos ligados à temática da atividade artística na Colônia. Isso nos leva a indagar quais as origens desse mito e discutir se à luz dos avanços na interpretação histórica da cultura esse paradigma ainda satisfaz.

Palabras clave

Historiografia musical, aculturação, hibridação racial, mulatismo musical e nacionalismo

PDF (Português (Brasil))