A PAIXÃO DA TERRA, A PAIXÃO DO MUNDO – o pensamento político de Carlos Walter Porto Gonçalves
DOI:
https://doi.org/10.54833/issn2764-104X.v3i2p204-210Schlagworte:
Carlos Walter Porto Gonçalves, natureza, geopolitica, globalizaçãoAbstract
O episódio triste do falecimento do geógrafo, militante e professor, Carlos Walter Porto Gonçalves, exige atenção intelectual de todos que desejam pensar o Brasil – e desejam transformá-lo. Acima de atenção, exige o gesto afetivo de gratidão. Além disso, a vida e a obra do aludido geógrafo cobram, a quem fica, uma decisão política: gerar vitalidade à sua memória. Contudo, revitalizar o seu pensamento e a sua práxis parece ser um desafio denso, pois o autor nunca esteve só.
Daí que a sua morte além de mobilizar movimentos sociais de diferentes estirpes em toda a América Latina, intelectuais, professores universitários, ativistas culturais, ambientalistas, membro da Comissão Pastoral da Terra, ao suscitar o dever da memória como responsabilidade política e epistemológica, requisita comprometimento. Certamente, esse nome – comprometimento – em se tratando da práxis de Carlos Walter Porto-Gonçalves, pode ser nomeado assim: pensar com liberdade sem titubear sobre o sentido do que está se pensando. É uma liberdade concretamente espacializada.
Aliás, a minha primeira lembrança do intelectual militante em questão foi com a leitura do livro “Paixão da Terra – ensaios críticos de Ecologia e Geografia”, publicado pela Editora Rocco, em 1984. A leitura do livro era, na época, uma obrigação a quem cursava geografia no Brasil. Por isso, o livro se disseminava de mãos em mãos. A sua leitura era um modo de angariar adeptos a uma interpretação totalizante do uso da terra consagrada, no livro, como um ente vivo, mas defenestrada pela política dominante.
Atento ao que procedia no interior dos movimentos ambientalistas no mundo e no Brasil, a patente de que “a representação da natureza não era natural”, era um chamamento para se compreender que a essência do debate ambiental era política. Suas palavras são esclarecedoras:
“O reconhecimento desse fato (crescimento dos movimentos ambientalistas), entretanto, não deve encobrir a apreensão das ambiguidades, tensões e fissuras que perpassam esse movimento. Umas bem mais explícitas do que outras. Como a atuação visivelmente contraditória do Estado. De um lado, como titular de poder de polícia destinado a coibir as violações perpetradas contra o meio ambiente. Do outro, como principal agente fomentador de um modelo de desenvolvimento essencialmente antiecológico (1984, pag. 16)”.
Enxergar a terra e seus ambientes a partir da relação de poder; não se omitir diante das tensões, das ambiguidades, inclusive, das contradições dos movimentos ambientalistas; enxergar o modelo de desenvolvimento capitalista como antiecológico; reconhecer a dimensão policial do Estado; observar os principais problemas do país e, especialmente, não separar ecologia, espaço e classes sociais, são marcas que colocam o livro “Paixão da Terra” na prateleira essencial do movimento de renovação crítica da geografia brasileira. Movimento esse que sacudiu a geografia brasileira dando-lhe uma identidade reconhecida: a de ser engajada.
A escritura do livro, tal como o seu título, é apaixonada e direta. Sem subterfúgios e sem medo, o conteúdo, escrito em forma ensaística, uma das características de Porto-Gonçalves, é uma ponte decisiva para que as suas páginas fossem a síntese de um pensamento social crítico mundial em correlação direta com o que, a partir do Encontro de Geógrafos organizado pela Associação dos geógrafos brasileiros – AGB, em Fortaleza, em 1978, estava dispostos aos geógrafos brasileiros que, na época, eram adversários políticos da ditadura militar. Os mesmos geógrafos se situavam como críticos do modelo de desenvolvimento capitalista, fazendo uma relação entre adesão burguesa e referências positivistas que bailavam no pensamento geográfico brasileiro até então.
Aliás, em 1978, num texto igualmente matricial – A GEOGRAFIA ESTÁ EM CRISE, VIVA A GEOGRAFIA, originado de uma comunicação no evento de Fortaleza, publicado posteriormente no Boletim Paulista de Geografia, a marca crítica, atenta, bem situada do autor, já estava declarada. O começo do texto é envolvente e categórico. Está dito que,
“Nesse momento se discutem os impasses gerados pelo próprio projeto de Geografia enquanto um segmento do saber científico capaz de dar conta, compreender e explicar, enfim, os problemas concretos que se inscrevem no espaço geográfico em que vivemos: poluição; “desequilíbrio” – desigualdades regionais e sociais; as guerras de independência-conquista-neocolonais; redução do espaço geográfico sob o controle do capitalismo imperialista, expansão do socialismo, etc. São essas algumas das evidências de uma crise que se materializa em espaços definidos e para o qual os geógrafos teriam que dar a sua resposta – UMA GEOGRAFIA EM CRISE. Na medida que hesitam, não reformulando uma base teórica de há muito envelhecida e não assumem, portanto, uma posição crítica, os geógrafos, em geral, deixam de lado uma geografia da crise e são levados de roldão pela crise da geografia. E isto porque os fatos são teimosos e estão aí a exigir de nós uma compreensão que possa efetivamente nortear uma prática que leve à superação desses problemas. Se as teorias dos geógrafos não explicam e não compreendem os fatos, pior para as teorias! (PORTO-GONÇALVES, 1978, pag 6)”.
A consciência do lugar da teoria e da teoria sem lugar, como gostava de dizer em palestras, foi uma pedra angular de toda a sua práxis geográfica, política e humana. Era necessário ao fazer científico dos geógrafos – e de outros campos de saber – que houvesse uma porta aberta à crítica à ciência. A denominada “crítica por dentro” seguiu a densa trajetória de Porto-Gonçalves. Aliás, no mesmo texto, a sua ideia é elucidativa: “A ciência adquire no capitalismo os foros que possuía a ideologia religiosa sob o feudalismo, não sendo fortuito, aliás, o fato de chamarmos os grandes sábios da Matemática, da Física ou da Geografia de “papas” (1978, pag. 9)”.
Pois bem! Li o livro Paixão da Terra com a minha juventude inteira; com o contexto político enfiado na garganta como perplexidade e desafio. Na época que fiz a leitura o clarão crítico do seu conteúdo se juntava à ebulição dos movimentos estudantis que voltam à cena; assim como das lutas pela anistia e pela legalização dos partidos comunistas. O PT – Partido dos Trabalhadores – havia surgido, e em muitos casos, se juntava ao rebuliço das CEBs – Comunidade Eclesial de Base, à sindicalistas da emergente CUT – Central única dos Trabalhadores e também à discussão para a criação da CPT – Comissão Pastoral da Terra que, diga-se, Carlos Walter Porto-Gonçalves, foi assessor, parceiro e militante.
Estava posto a emergência de uma nova consciência social no Brasil. Os anos de 1980 eclodiam numa espécie de laboratório político, intelectual, pedagógico e cultural, de grande peso. Não àtoa o rock ganhou praças, assim como o teatro do oprimido e os movimentos ambientalistas. O clima intelectual, político e pedagógico se beneficiava da acelerada urbanização e das contradições dessa urbanização desigual e concentrada. As cidades, especialmente as metrópoles, eram a arena dos conflitos, da insurgência e das vozes dissonantes ao regime militar.
Carlos Walter Porto-Gonçalves, em comum acordo com o pensamento geográfico clássico, especialmente com a Ecogeografia de Jean Tricart, punha os dedos críticos na chamada revolução verde. Enxergava que a denominada modernização conservadora que se instalou no campo brasileiro criando fronteiras agrícolas e desarticulando modos de vida e modos de produção camponeses e indígenas, era geradora de problemas socioambientais graves. Pensar os problemas ambientais na implicação do modelo de acumulação vigente; reconhecer o imperativo da luta pela hegemonia geopolítica do mundo capitalista e a pesquisa endereçada ao incremento das forças produtivas; observar a subjugação de modos de vida, de modos de saber e da imensa memória de povos camponeses e originários, se destacavam nas palavras de Porto-Gonçalves.
O Brasil, na época, tinha sede do pensamento crítico. Carlos Walter ouvia o grito do Brasil. A sua escritura, as suas palestras e a sua liderança pedagógica, intelectual e política, faziam dessa audição um novo grito. A sua voz ecoou entre nós, geralmente com criatividade e valentia. Com ironia, humor e com uma rica interlocução com filósofos, sociólogos e gente dos movimentos sociais, a sua liderança assinalava a identidade de um intelectual engajado e inquieto.
A genialidade do autor consistia em reconhecer, tal como foi enunciado, a importância do espaço geográfico como um expediente concreto para enxergar o que, posteriormente, foi chamado por Ele de produção da existência e das (re)existências. Junto e diferenciada das formulações de Milton Santos, Odete Seabra, Ruy Moreira, Ariovaldo Umbelino de Oliveira, Beatriz Soares, Arlete Moisés, Armando Correia, Manoel Correia de Andrade e de tantos outros, não separar história e espaço, nem sociedade e natureza, eram a forma de proceder a criticidade teoricamente orientada ao sistema capitalista, especialmente à violência acometida à terra e à vida de trabalhadores e trabalhadoras.
A fervorosa participação intelectual, pedagógica e política, inclusive sendo presidente da AGB nacional, a aproximação com o movimento ambientalista, com o movimento operário, com sindicalistas, a sensibilidade para apresentar Chico Mendes a professores, professoras, alunos e alunas das maiores universidades brasileiras, o reconhecimento de seu lugar como voz crítica dos oprimidos, estimulavam a geografia da sua vida. O reconhecimento da comunidade geográfica estava angariado. Pouco depois, a sua voz ecoava em vários países da américa latina, assim como os seus ouvidos captavam vozes longas e dessas da ameríndia.
Ele mesmo andava pelo país impressionado com as diferenças; com as desigualdades sociais e regionais; com as tensões que eram estabelecidas nas metrópoles, no campo brasileiro, no mundo amazônico, no Cerrado e na Caatinga. Enxergar, com os próprios olhos, o vilipêndio perpetrado pelas mineradoras; pelo pacto entre o Estado nacional e as corporações multinacionais; pelo sofrimento de povos indígenas e quilombolas, eram um estímulo a ler geograficamente o Brasil e a entender o Brasil nas suas vastas diferenças. Teoria, trabalho de campo, escuta de membros dos movimentos sociais, círculos pedagógicos, intervenções políticas, afirmavam a personalidade desse intelectual militante.
A sua inserção no mundo da floresta amazônica, assim como na Caatinga e no Cerrado, lhe fez despertar a consciência política para que pudesse galgar uma conquista teórica. Não se poderia ler o Brasil apenas pela referência sudestecêntrica, como gostava de dizer. Povos da floresta; povos das águas; ribeirinhos e pescadores; quebradoras de coco; vazanteiros; camponeses; povos indígenas, quilombolas, haviam lhe suscitado uma compreensão: o modo de produção não poderia se distar dos modos de vida. Nos modos de vida, economia, política e cultura, se juntavam em práticas metabólicas, em trocas e mutualidades sociais. Eis a geografia viva das práticas sociais.
A consciência geográfica do Brasil e especialmente do mundo amazônico foram demarcadas na sua tese de doutoramento – “GEOGRAFANDO – nos varadouros do mundo: da territorialidade seringalista (o seringal) à territorialidade seringueira (a reserva extrativista)”, defendida em 2003. O contato com diferentes lógicas de vida, com práticas socioambientais, as mais diversas, o contato rente com múltiplas culturas, incidiram na formulação teórica de Porto-Gonçalves.
Ao proceder uma análise da sua geografia mediante a dissertação de mestrado defendida no programa de Pós-graduação de Geografia Humana, da Universidade de São Paulo, Rafael de Castilho Cezzaretti, diz que,
“Vemos, cada vez mais, como Porto-Gonçalves busca sua forma de evidenciar que a soma das ciências vale mais que uma única ciência buscando a verdade, e daí o seu intenso diálogo com autores diversos. Isso se replica em sua concepção ao apresentar a relação sociedade-natureza: compreender os dois elementos como algo único, dentro de uma mesma lógica e de uma mesma racionalidade, garante não só um entendimento mais próximo do real, como também permite que a vida sobreviva às “intenções fossilistas” do ser humano. A Geografia que compreendemos aqui, portanto, é solidária quanto a sua contribuição, e madura quanto as suas limitações, pois o que está acima de qualquer ciência é a busca pelo conhecimento (Cezzretti, 2020, pag. 133)”.
O caminho da obra, da voz, da ação, enfim, da paixão da Terra como práxis radical, haviam se delineado. A obra do autor explodiu, atravessou fronteiras, estabeleceu diálogos com intelectuais de vários campos científicos, especialmente com os movimentos sociais. Podemos sublinhar textos como “A Geograficidade do Social: uma contribuição para o debate metodológico sobre estudos de conflitos e movimentos sociais na América Latina (2006)”; “A geopolítica das águas a crise do conhecimento (2011)”; “A nova questão agrária e a reinvenção do campesinato: o caso do MST (2005)”; “A territorialidade seringueira: Geografia e Movimento Social (1999)”; “Amazônia enquanto acumulação desigual de tempos: uma contribuição à ecologia política da região (2015)”; “De saberes e territórios: diversidade e emancipação a partir da experiência latino-americana (2008)”; “Do Cerrado e as suas riquezas (2015)”.
Temas como água, energia, ética, violência no campo, política, poder, educação ambiental, latifúndios genéticos, população, tensões territoriais; teoria; colonialidade do poder, ambiente, ecologia e tantos outros, abarcavam o arco de preocupação do autor. Atento ao que procedia na América latina, a práxis de Porto-Gonçalves, cada vez mais se aproximava de povos indígenas, quilombolas, Sem-Terra e de um gradiente de territorialidades, identidades e sujeitos de lutas.
Livros como “O desafio ambiental”; “a nova desordem mundial”; “os descaminhos do meio ambiente”; “Amazônia, Amazônias” e o premiado “A globalização da natureza e a natureza da globalização”, um sem-fim de artigos, ensaios, relatórios de projetos, palestras, reuniões com movimentos sociais, com intelectuais, orientações, assessorias, compreendem o vasto repertório desse geógrafo atento, vivo, inquieto, apaixonado pela terra e pelo mundo.
Aliás, essa vastidão nunca se aquietou teórico e politicamente. Sempre defendendo a liberdade de pensar e o pensamento como arauto da liberdade, o autor soube abrir-se a novos continentes de saberes sem perder as referências que lhe outorgavam a condição de geógrafo crítico. O seu enraizamento, teórico e político, seguiu de peito aberto; de peito aberto ouviu novas vozes do acontecimento do mundo. Assim se fez – e se faz entre nós.
Pois bem!
Na abertura de um evento regional em Goiás – o EREGEO – contei-lhe o modo como li o seu livro “Paixão da Terra”. Falei-lhe do contexto, da importância e da inspiração causada pela leitura do livro ainda na década de 1980 quando eu cursava a graduação. Lhe sugeri que o reeditasse apontando que o título do livro encarnava toda a sua obra – e toda a sua geografia. Visivelmente emocionado, disse que “o mais bacana de ser professor é promover esses encontros invisíveis e substantivos”.
Os encontros invisíveis continuam mesmo que a pessoa, de carne e osso, não esteja presente. Mesmo que não mais respire os ventos que campeiam na América Latina. Como se diz, a obra fica; fica e age. É o que temos para seguir.
Literaturhinweise
Referências
CEZZARETTI, Rafael de Castilho. Geografia e a Questão socioambiental: a contribuição de Carlos Walter Porto-Gonçalves. Dissertação de mestrado. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2020.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. Os (des)caminhos do meio ambiente. 1ª edição. São Paulo: Contexto, 1989
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. Amazônia, Amazônias. 1ª edição. São Paulo: Contexto, 2001.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A geopolítica das águas a crise do conhecimento. Joaçaba: Natureza e Sociedade, 2011.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A nova questão agrária e a reinvenção do campesinato: o caso do MST. Belo Horizonte: Geografias, 2005.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A territorialidade seringueira: Geografia e Movimento Social. Niterói: Geographia, 1999.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. De saberes e territórios: diversidade e emancipação a partir da experiência latino-americana. Buenos Aires: Letra Capital, 2008.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. Do Cerrado e as suas riquezas. Goiânia: cadernos da CPT, 2015.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. Geografando nos varadouros do mundo: da territorialidade seringalista (o seringal) à territorialidade seringueira (a Reserva Extrativista). Brasília: Edições Ibama, 2003.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A Globalização da Natureza e a Natureza da Globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A geograficidade do social: uma contribuição para o debate metodológico sobre estudos de conflitos e Movimentos Sociais na América Latina. Revista Eletrônica da AGB, Três Lagos: 2006.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. Paixão da Terra – ensaios críticos de ecologia e geografia, Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1984.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A geografia está em crise. Viva a Geografia! Boletim Paulista de Geografia, São Paulo: 1978
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