Cidade em f(r)esta: carnaval, terapia ocupacional e o cuidado em liberdade

City in festivity: carnival, Occupational Therapy and care in freedom

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto65043

Palabras clave:

Cidades, Território, mobilidade urbana, cultura, arte

Resumen

Afirmar el cuidado en libertad es un desafío también para la actualidad e implica la participación de los sujetos en los diferentes espacios urbanos. Este artículo reflexiona sobre la producción de cuidado en libertad y la interfaz entre salud mental, cultura y terapia ocupacional. Para ello, partimos de una investigación cartográfica realizada junto al bloque 'Doido é Tu', un importante y tradicional bloque de carnaval de la ciudad de Fortaleza-CE, que incorpora la participación de usuarios y profesionales de la salud mental en su construcción y presentación, al mismo tiempo que se muestra abierto a la comunidad. De esta forma, proponemos un análisis sobre la vivencia colectiva del carnaval en su interfaz con la lógica del cuidado en libertad a partir de los diálogos con la terapia ocupacional y con el campo de la salud mental. La experiencia vivida junto al bloque de carnaval demuestra que la unión de la fiesta con el espacio público urbano, protagonizada por usuarios de la Red de Atención Psicosocial, puede ser un ejercicio de libertad y ciudadanía. Esta práctica no solo produce efectos en la vida de las personas que participan en toda la construcción de la fiesta, sino que también genera impactos significativos en la vida de la ciudad y de la comunidad, apostando por la convivencia colectiva, diversa y plural como un modo de enriquecer los debates y prácticas antimanicomiales.

Biografía del autor/a

João Gabriel Trajano Dantas, Doutorando do Programa de Pósgraduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos Professor Temporário da Universidade Estadual do Ceará

Graduado em Terapia Ocupacional pela Universidade de Brasília (UnB). Doutorando em Terapia Ocupacional pelo Programa de Pós Graduação em Terapia Ocupacional (UFSCar). Mestre em Ciências pelo Programa de Educação e Saúde na Infância e Adolescência pela Universidade Federal de São Paulo. Especialista em Psicoterapia Junguiana pela Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e em Gestão de Redes de Atenção à Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz. Atuou junto ao processo de desinstitucionalização da região de Sorocaba e em diferentes equipamentos da Rede de Atenção Psicossocial (CAPS, CAPS AD, NASF, Residências Terapêuticas), tem experiência nos campos da saúde mental e saúde coletiva. Configura seu campo de interesse nos temas: Terapia Ocupacional, Saúde Mental Adulto, Reabilitação psicossocial, Saúde Coletiva, Atenção Primária à Saúde, vulnerabilidade social, Juventudes, Cultura. Atualmente atua como professor temporário para o curso de Terapia Ocupacional da Universidade Estadual do Ceará. 

Citas

Amarante, P. (2008). Saúde mental e atenção psicossocial (2ª ed.). Rio de Janeiro: Fiocruz.

Amarante, P., & Nunes, M. de O. (2018). A reforma psiquiátrica no SUS e a luta por uma sociedade sem manicômios. Ciência & Saúde Coletiva, 23(6), 2067–2074. https://doi.org/10.1590/1413-81232018236.07082018

Azevedo, B. M. S. (2012). O ensino da gestão no curso de graduação de medicina da FCM/UNICAMP: possíveis encontros entre universidade e serviços de saúde (Dissertação de Mestrado). Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

Brasil. (2023). Portaria GM/MS nº 874, de 14 de julho de 2023. Institui Grupo de Trabalho para formulação da Política Nacional para os Centros de Convivência da Rede de Atenção Psicossocial - PNCeC. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2023/prt0874_18_07_2023.html

Brasil, Conselho Nacional de Saúde. (1997). Resolução 196 de 10 de outubro de 1996. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília.

Carla Jeucke. (2024). Loucura suburbana: O carnaval como componente terapêutico da assistência psicossocial. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental, 16(47), 1–17.

Certeau, M. de. (2012). A invenção do cotidiano: Artes de fazer. Petrópolis: Vozes.

Costa, I. I. da, & Braga, F. W. (2013). Clínica sensível à cultura popular na atenção ao sofrimento psíquico grave. Fractal: Revista de Psicologia, 25(3), 547–562. https://doi.org/10.1590/S1984-02922013000300009

Costa, L. A., Almeida, S. C. de, & Assis, M. G. (2015). Reflexões epistêmicas sobre a terapia ocupacional no campo da saúde mental. Cadernos de Terapia Ocupacional UFSCar, 23(1), 189–196.

Crenshaw, K. (2002). Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos Feministas, 10(1), 149–157.

Damatta, R. (1997). Carnavais, malandros e heróis: Para uma sociologia do dilema brasileiro (6ª ed.). Rio de Janeiro: Rocco.

Ferigato, S. H., Carvalho, S. R., & Teixeira, R. R. (2016). Os centros de convivência: Dispositivos híbridos para a produção de redes que extrapolam as fronteiras sanitárias. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental, 8(20), 80–103. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-21472016000300006&lng=pt&nrm=iso

Ferigato, S. H. (2007). O agir criativo em terapia ocupacional. Cadernos de Terapia Ocupacional UFSCar, 15(2), 131–137.

Foucault, M. (2019). A história da loucura (9ª ed.). São Paulo: Perspectiva.

Guattari, F. (1992). Caosmoes. São Paulo: Ed. 34.

Gonçalves, M. V., & Malfitano, A. P. S. (2021). O conceito de mobilidade urbana: Articulando ações em terapia ocupacional. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 29, e2523. https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoARF1929

José Antônio Souza de Deus, Marcos Alberto Torres, Maria Geralda de Almeida, & Maria Augusta Mundim Vargas. (2016). Territorialidades de festas populares: Espaço-tempo cognitivo, conectivo e conflitivo. Revista da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Geografia (Anpege), 12(18), 353–368.

Kastrup, V., & Passos, E. (2013). Cartografar é traçar um plano comum. Fractal: Revista de Psicologia, 25(2), 263–280. https://doi.org/10.1590/S1984-02922013000200004

Kemper, M. L. C. (2022). Desinstitucionalização e saúde mental de privados de liberdade com transtornos mentais: A experiência do Rio de Janeiro, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 27(12), 4569–4577. https://doi.org/10.1590/1413-812320222712.12622022

Lefebvre, H. (2008). O direito à cidade (5ª ed.). São Paulo: Editora Centauro.

Lourau, R. (1993). Análise institucional e práticas de pesquisa. Rio de Janeiro: UERJ.

Lussi, I. A. O. (2020). Emancipação social e terapia ocupacional: Aproximações a partir das Epistemologias do Sul e da Ecologia de Saberes. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 28(4), 1335–1345. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoEN2015

Mapa Cultural do Ceará. (2024). Grupo Comédia Cearense. Secretaria de Cultura de Fortaleza. https://mapacultural.secult.ce.gov.br/historico/2670369/

Minayo, M. C. de S. (Org.). (1994). Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes.

Movimento Saúde Mental. (2019, junho 13). Doido é tu: Bloco de carnaval leva mensagem contra o preconceito. Movimento Saúde Mental. https://movimentosaudemental.org/2019/06/13/doido-e-tu-bloco-de-carnaval-leva-mensagem-contra-o-preconceito/

Neves, G. (2012). A entrevista como estratégia metodológica para a crítica de processo. In Congresso Internacional da Associação de Pesquisadores em Crítica Genética (X Edição, pp. 544–552). PUCRS.

Neves, A., Ismerim, A., Brito, B., Costa, F. D. da, Pedroso dos Santos, L. R., Senhorini, M., Silva Junior, N. da, Beer, P., Bazzo, R., Gonçalves, R., Coelho, S. P., & Carnizelo, V. C. R. (2021). A psiquiatria sob o neoliberalismo: Da clínica dos transtornos ao aprimoramento de si. In Safatle, V. Silva J. N., & Dunker C. (Eds.), Neoliberalismo como gestão do sofrimento psíquico (pp. xx-xx). Belo Horizonte: Autêntica Editora.

Nicácio, F., & Campos, G. W. S. (2007). Afirmação e produção de liberdade: Desafio para os centros de atenção psicossocial. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 18(3), 143–151.

Oliveira, A. N., & Calvente, M. D. C. M. H. (2012). As múltiplas funções das festas no espaço geográfico. INTERAÇÕES, 13(1), 81–92.

Passos, E., Kastrup, V., & Escóssia, L. (Orgs.). (2009). Pistas do método da cartografia: Pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina.

Passos, E., Kastrup, V., & Escossia, L. (2009). Pistas do método da cartografia. Porto Alegre: Sulina.

Passos, E., Kastrup, V., & Tedesco, S. (2014). Pistas do método da cartografia: A experiência da pesquisa e o plano comum. Porto Alegre: Sulina.

Pereira, A. V. V. G. Tramas simbólicas: a dinâmica das turmas de bate-bolas do Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Artes/Instituto de Artes/UERJ, 2008. https://www.bdtd.uerj.br:8443/bitstream/1/7527/1/Aline%20Valadao%20Vieira%20Gualda%20Pereira.pdf

Santos, M. (2014) Metamorfoses do Espaço Habitado. São Paulo: Universidade de São Paulo.

Secretaria de Cultura de Fortaleza. (2023). Título da página ou do documento. Secretaria de Cultura de Fortaleza. URL

Silva, A. C. C. da, & Oliver, F. C. (2019). Participação social em terapia ocupacional: Sobre o que estamos falando? Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 27(4), 858–872. https://www.scielo.br/j/cadbto/a/dGN9LB6QMYpzrnYdyyDJnnd/

Xisto, V. (2012). ‘Coletivo Carnavalesco Tá Pirando, Pirado, Pirou!’: Desinstitucionalização e estratégias de sobrevivência dos profissionais de saúde mental. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental.

Publicado

2025-03-12