Orientações terapêuticas ocupacionais nos leitos de retaguarda / Occupational therapist guidelines in the recovery beds
DOI :
https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto14496Mots-clés :
Acidente Vascular Cerebral, Hospitalização, Orientação Terapia Ocupacional.Résumé
O estudo teve como objetivo caracterizar as orientações terapêuticas ocupacionais fornecidas aos pacientes e seus familiares nos Leitos de Retaguarda, para que alcancem o máximo de independência e autonomia nas suas áreas de desempenho ocupacional. Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal. Os dados foram coletados a partir de uma pesquisa documental, referente aos meses de março e abril de 2015. A população do estudo foi formada por usuários do serviço de um hospital escola, de ambos os sexos. As orientações foram retiradas a partir de um diário de campo dos profissionais. Esses dados foram tabulados para análise em frequência simples. Houve uma predominância do sexo masculino e a média de idade foi de 68 anos. As principais orientações fornecidas foram: melhor inserção nas AVDs, posicionamento no leito, transferência, estimulação sensorial, cuidados durante o manuseio com o membro superior afetado, mudança de decúbito, uso dos recursos de tecnologia assistiva, manutenção da orientação temporal/espacial, simetria durante as AVDs e mobilização. Diante disso, as orientações terapêuticas ocupacionais visam contribuir no tratamento do paciente, auxiliando o mesmo a lidar com as mudanças, evitando complicações para que este alcance independência e qualidade de vida. Através destas o paciente pós AVE poderá retomar sua vida de forma ativa e satisfatória.
Abstract
The aim of this study was to characterize the occupational therapy guidelines provided to patients and their families in the Recovery Beds, seeking the achievement of a maximum independence and autonomy in their areas of occupational performance. This is a cross-sectional descriptive study. The data were collected from a documentary survey during the period of March and April of 2015. The study population was formed by the service users of a school hospital, from both sexes. The guidelines were taken from a field journal of professionals. These data were categorized for simple frequency analysis. There was predominance of males and the mean age was 68. The main guidelines were: insertion in ADL, improvement, bed positioning, transfer, sensory stimulation, care during manipulation with the affected upper limb, change of decubitus, use of assistive technology resources, maintenance of temporal / spatial orientation, symmetry during ADL and mobilization. Therefore, the occupational therapy guidelines aim to contribute to the patient treatment, helping him/her to cope with the charges, avoiding complications in order to achieve independence and quality of life. Due to that the patient post CVA can readjust his/her life in an active and satisfactory way.
Keywords: cerebrovascular Accident; Hospitalization; Guidance; Occupational Therapy.
Références
Brasil - Ministério da Saúde. Portaria Nº 2395 de 11 de outubro de 2011. Organiza o Componente Hospitalar da Rede de Atenção às Urgências no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 out. 2011. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2395_11_10_2011.html Acesso em: 18/12/2017.
Cardoso AKS; Campos CAL; Araújo ES; Moritz FGF; Matos MML; Manso MM; Oliveira RS; Cury TC; Taka TA. Leitos de Retaguarda: definições e perfil dos leitos na região metropolitana de São Paulo. São Paulo. FUNDAP; 2013.
Brasil - Ministério da Saúde. Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com acidente vascular cerebral. Disponível em: http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-filefield-description%5D_132.pdf Acesso em: 18/12/2017.
Carvalho AFCT; Scatolini HMN; Borges RAM. Intervenção Terapêutica Ocupacional nas Disfunções Decorrentes de Acidente Vascular Encefálico. In: Carvalho AFT, Scatolini HMN. Terapia Ocupacional na Complexidade do Sujeito. 2ª Ed. Rio de Janeiro. Rubio; 2013, p.33-44.
Garanhani MR; Alves JF; Fugisawa DS; Garanhani ML. Adaptação da pessoa pós- Acidente Vascular Encefálico e seu cuidador: ambiente domiciliar, cadeira de rodas e de banho. Acta Fisiatr. 2010; v.17(4): p.164-8.
Nonino F; Kreulich E; Benedeti MR. Orientações a cuidadores de pacientes hemiplégicos em fase aguda pós episódio de Acidente Vascular Encefálico (AVE). Rev Saúde e Pesquisa. 2008; 1(3):287-293.
Cecatto RB; Almeida CI. O planejamento da reabilitação na fase aguda após o Acidente Vascular Encefálico. Acta Fisiatr. 2010; 17(1):37-43.
Thinen NC; Moraes ACF. Manual de orientação e execução de Atividades de Vida Diária para pacientes com Acidente Vascular Cerebral. Cad. de Ter.Ocup.UFSCar. 2013; 21(1):131-9. DOI http://dx.doi.org/10.4322/cto.2013.017
Almeida SRM. Análise epidemiológica do Acidente Vascular Cerebral no Brasil. Rev Neurocienc. 2012; 20(4): 481-2. DOI 10.4181/RNC.2012.20.483ed.2p.
Albuquerque SH; Seabra AD; Otsu AE. Atividades de Vida Diária com pacientes internados. In: Cruz DMC. Terapia Ocupacional na Reabilitação pós-Acidente Vascular Encefalico. Ed. Santos. São Paulo; 2012, p. 229-243.
Shin CG; Toldrá RC. Terapia Ocupacional e acidente vascular cerebral: revisão integrativa da literatura. Cad. Ter. Ocup. UFSCar. 2015; 23(4): 843-854. DOI http://dx.doi.org/10.4322/0104-4931.ctoAR0591
Berguer S. Orientação do cliente. In: Willard & Spackman. Terapia Ocupacional. 11ª ed. Rio de janeiro. Guanabara Koogan; 2011, p.424-432.
Okuma SM; de Paula AFM; do Carmo GP; Pandolfi MM. Caracterização dos pacientes atendidos pela terapia ocupacional em uma unidade de terapia intensiva adulto. Rev. Interinst. Bras. Ter. Ocup. 2017; 1(5):574-588.
Ribeiro KSQS; Neves RF; Brito GEG; Morais JD; Lucena EMF; Medeiros JM; Mendes LM. Perfil de usuários acometidos por Acidente Vascular Cerebral adscritos à Estratégia Saúde da Família em uma capital do Nordeste do Brasil. Rev. Bra. Cienc. Saúde. 2012; 16(2):25-44. DOI:10.4034/RBCS.2012.16.s2.05.
Cruz DMC; Vasconcelos FEO; Caro CC; Silva NS; Lympius J. Entre perdas e ganhos: os papeis ocupacionais de pessoas pós- Acidente Vascular Encefálico. Rev FSA. 2014; 11(2):329-349. DOI http://dx.doi.org/10.12819/2014.11.2.18.
Rangel ESS; Belasco AGS; Diccini S. Qualidade de vida de pacientes com Acidente Vascular Cerebral em reabilitação. Acta paul. enferm. 2013; 26(2):205-212. DOI http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002013000200016
Cruz DMC. Preditores de independência funcional nas atividades de vida diária pósAcidente Vascular Encefálico. Cad. de Ter. Ocup. UFSCar. 2010;18(3):275-286.
Cazeiro APM; Peres PT. A Terapia Ocupacional na prevenção e no tratamento de complicações decorrentes da imobilização no leito. Cad. Ter. Ocup. UFSCar. 2010; 18(2):149-167.
Luz SR; Lopacinski AC; Fraga R; Urban CA. Úlceras de pressão. Geriatria & Gerontologia. 2010; 4(1):36-43.
Gazzola JM; Bofi TC; Carvalho AC. Orientação Domiciliária pós- Acidente Vascular Cerebral. São Paulo. Ed. Santos; 2007, p.81-110.
Teixeira E. Treino de atividades de vida diária. In: Cruz DMC. Terapia Ocupacional na Reabilitação pós-Acidente Vascular Encefálico. São Paulo. Ed. Santos; 2012, p.175-191.
Cecatto RB. Acidente Vascular Encefalico: Aspectos Clinicos. In: Cruz DMC. Terapia Ocupacional na Reabilitação pós-Acidente Vascular Encefalico. São Paulo. Ed. Santos; 2012, p.3-18.
Martins LCA; Santana LA; Silva NB; Guerra APC; Vieira TC. A incidência da dor no ombro em pacientes hemiplégicos pós Acidente Vascular Cerebral. Rev. Movimenta. 2015; 8(2):102-114.
Buning ME. Tecnologia assistencial e mobilidade na cadeira de rodas. In: Willard & Spackman. Terapia Ocupacional. 11ª ed. Rio de janeiro. Guanabara Koogan; 2011, p.861-879.
Cruz DMC; Meneses KVP. Prescrição de adaptações. In: Cruz DMC. Terapia Ocupacional na Reabilitação pós-Acidente Vascular Encefálico. São Paulo. Ed. Santos; 2012, p.103-131.
Ferro AO; Lins AES; Trindade Filho EM. Comprometimento cognitivo e funcional em pacientes acometidos de acidente vascular encefálico: Importância da avaliação cognitiva para intervenção na Terapia Ocupacional. Cad. Ter. Ocup. UFSCar. 2013; 21(3):521-527. DOI http://dx.doi.org/10.4322%2Fcto.2013.054.
Besse M. Terapia ocupacional e Cuidados Paliativos. In: Santos FS. (org.). Cuidados Paliativos: discutindo a vida, a morte e o morrer. São Paulo. Editora Atheneu; 2009, p.103114.
Almeida EO; Faleiros BE; Martins C; Lemos SMA; Teixeira AT. Características clínicodemográficas dos acidentes vasculares encefálicos de pacientes atendidos no Hospital Público Regional de Betim, MG. Rev. Med. Minas Gerais. 2011; 21(4):384-9.
Diniz LCL, Nascimento JN. Técnicas de conservação de energia. [Trabalho de Conclusão de Curso]. Uberaba: Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba; 2010.
Téléchargements
Fichiers supplémentaires
Publié-e
Numéro
Rubrique
Licence
Declaração e Transferência de Direitos Autorais
O periódico REVISBRATO -- Revista interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional é publicado conforme o modelo de Acesso Aberto e optante dos termos da licença Creative Commons BY (esta licença permite a distribuição, remixe, adaptação e criação a partir da obra, mesmo para fins comerciais, desde que os devidos créditos sejam dados aos autores e autoras da obra, assim como da revista. Mais detalhes disponíveis no site http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/).
No momento da submissão do manuscrito os autores deverão encaminhar, nos documentos suplementares a Declaração de responsabilidade, conflito de interesse e transferência de direitos autorais, segundo modelo disponivel na página "Instruções aos autores"
- Uso de imagens e discursos
Quando um autor submeter imagens para capa, que não correspondam a pesquisas em formato de artigo e que não tenham obrigatoriedade de autorização de Comitê de Ética, assim imagens presentes em outras seções, deverá ser anexado o TERMO DE CESSÃO DE DIREITO DE USO DA IMAGEM E DE DISCURSO (disponível modelo na página "Instruções aos autores"). Somente é necessário que o autor principal assine o termo e o descreva conforme o modelo abaixo em word.