Ações da Terapia Ocupacional junto a gestantes, parturientes e puérperas: um estudo realizado em um hospital de Pelotas - RS

Occupational therapy actions towards pregnant women, parturient women and puerperal women: a study carried out in a hospital in Pelotas - RS

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto57373

Mots-clés :

Saúde da Mulher. Terapia Ocupacional. Cuidado pré-natal. Trabalho de Parto. Período Pós-Parto

Résumé

Introdução: A Terapia Ocupacional é uma profissão que tem potencial para atuar junto às gestantes, parturientes e puérperas. Sendo assim, o Terapeuta Ocupacional pode incluir na sua prática uma intervenção que proporcione protagonismo a estas mulheres. Objetivo: Identificar as possíveis contribuições da profissão em unidade gineco-obstétrica. Método: Este foi um estudo do tipo pesquisa-ação e pesquisa de campo no centro obstétrico em um hospital na cidade de Pelotas-RS acerca de sentimentos, comportamentos, expressões, expectativas, além do conhecimento prévio do público-alvo sobre aspectos relacionados ao período. Para mais, realizou-se entrevista com a Terapeuta Ocupacional da instituição sobre a sua atuação na maternidade. As variáveis foram analisadas através de frequências simples com a construção de um banco de dados. Resultados: A quebra de rotina em razão da internação hospitalar, os cuidados com o bebê e o autocuidado, assim como a saúde mental e a rede de apoio durante o período gravídico-puerperal, estão dentre as possibilidades de atuação da profissão na Saúde da Mulher. Conclusão: A presente pesquisa demonstra que o Terapeuta Ocupacional pode incluir na sua atuação a educação em saúde, orientação, o empoderamento e outras práticas que favoreçam o protagonismo à mulher, tendo em vista que o maternar envolve um conjunto de mudanças físicas, psíquicas, ocupacionais e sociais. Apesar disso, percebe-se uma ausência de embasamento teórico e prático específico. Dessa forma, é esperado que o estudo contribua com discussões relacionadas a terapia ocupacional e saúde da mulher, bem como à saúde materno-infantil.

Bibliographies de l'auteur-e

Bruna Irigonhé Ramos, Universidade Federal de Pelotas

Acadêmica do curso de bacharelado em Terapia Ocupacional na Universidade Federal de Pelotas

Rafaela Miranda dos Santos, Universidade Federal de Pelotas

Terapeuta Ocupacional

Nicole Ruas Guarany, Universidade Federal de Pelotas

Possui graduação em Terapia Ocupacional pelo Centro Universitário Metodista IPA (2007). Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente (2011) e Doutora em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2015). É professora Adjunto IV do Curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Pelotas, já foi coordenadora do Curso por duas vezes (2013-2015 e 2021-2022). Tem experiência na área de Terapia Ocupacional, desenvolvimento infantil, prematuridade, vigilância do desenvolvimento infantil, avaliação de desempenho ocupacional e qualidade de vida, doenças genéticas, reabilitação neuropsicomotora de crianças e docência em nível de graduação. Atua como Pesquisadora do Serviço de Genética Médica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) na avaliação funcional de pacientes portadores de doenças raras.

Références

Acosta, E., & Sacardo, L. J. (2020). Acompanhamento de um Parto Normal. In Anuário Pesquisa E Extensão Unoesc Xanxerê (pp. 1-7). Santa Catarina, Brasil.

Andrade, R. D., Santos, J. S., Maia, M. A. C., & Mello, D. F. (2015). Fatores relacionados à saúde da mulher no puerpério e repercussões na saúde da criança. Escola Anna Nery, 19(1), 181-186. https://doi.org/10.5935/1414-8145.20150025

Barros, D. D., Lopes, R. E., & Galheigo, S. M. (2002) Projeto Metuia -: Terapia Ocupacional no campo social. O Mundo da Saúde, 26(3), 365-369. https://repositorio.usp.br/item/001274392

Barbieri, M., Henrique, A. J., Chors, F, M., Maia, N. L., & Gabrielloni, M. C. (2013). Banho quente de aspersão, exercícios perineais com bola suíça e dor no trabalho de parto. Acta paul. enferm., 26(5), 478-484. https://doi.org/10.1590/S0103-21002013000500012

Behar, R. C. R (2018). A maternidade e seu impacto nos papéis ocupacionais de primíparas (Trabalho de Conclusão de Curso). Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Brasil. https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/12177/1/RCRB29062018.pdf

Brasil. Presidência da República. Casa Civil. (2005). Lei nº 11.108, de 7 del abril de 2005. Altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para garantir às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS. Casa Civil. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11108.html

Brasil. Ministério da Saúde.Conselho Nacional de Saúde. (2012). Resolução n° 466, de 12 de dezembro de 2012. Dispõe sobre diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Conselho Nacional de Saúde. https://conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2013/06_jun_14_publicada_resolucao.html

Brasil. Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. (2017). Resolução no 491, de 20 de outubro de 2017. Regulamenta o uso pelo terapeuta ocupacional das Práticas Integrativas e Complementares de Saúde, e dá outras providências. Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=8749

Braz, I. M., Palva, M. T. G., Feitosa, K. M. A., Mendes, M. E. S., Feitosa, T. M. A., & Silva, S. L. (2019). Interdisciplinaridade na assistência ao parto: percepção dos enfermeiros obstetras. Revista de Enfermagem UFPE, 13, 1-8. https://doi.org/10.5205/1981-8963.2019.241715

Conceição da, R. M., Brito, J. S., Silva, E. V., & Marcelino, J. F. Q. (2020). Atuação terapêutica ocupacional em um centro obstétrico de alto risco. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 28(1), 111-126. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1927

Corrêa, G. C. G., Campos, I. C. P., & Almagro, R. C. (2018). Pesquisa-ação: Uma abordagem prática de pesquisa qualitativa. Ensaios Pedagógicos, 2(1), 62-72. https://www.ensaiospedagogicos.ufscar.br/index.php/ENP/article/view/60

Davis, J., & Lovegrove, M. (2019). The engagement of Allied Health Professionals and Psychologists in the maternity care pathway. Inglaterra, UK: Health Education England. Recuperado de https://heestar.e-lfh.org.uk/media/allied-health-professionals-and-psychologists-in-the-maternity-c are-pathway.pdf

Castro de, M. R. (2014). Ressignificando-se como mulher na experiência do parto: experiência de participantes de movimentos sociais pela humanização do parto [Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo]. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-05112014-103526/pt-br.php

Gonsalves, E. P. (Ed. 1). (2001). Iniciação à pesquisa científica. (80 p). Campinas, SP: Alinea.

Gutmann, V. L. R., Silva, C. D., Fazio, I. A., Mota, M. S., & Acosta, D. F. (2018). Cuidados com o recém-nascido: a contribuição do pai no aleitamento materno. Vitalle - Revista de Ciências da Saúde, 30(2), 21-30. https://doi.org/10.14295/vittalle.v30i2.7945

Junqueira, J. M. O. Nascimento, S., Marques, S. R., & Fontes, J. F. (2021). Diabetes mellitus gestacional e suas complicações – Artigo de revisão. Brazilian Journal of Development, 7(12), 116574-116589. https://doi.org/10.34117/bjdv7n12-422

Mafetoni, R. R., Rodrigues, M. H., Silva, F. M. B., Jacob, L. M. S., & Shimo, A. K. K. (2019). Efetividade Da Auriculoterapia Sobre A Dor No Trabalho De Parto: Ensaio Clínico Randomizado. Texto & Contexto - Enfermagem, 28, 1-14. https://doi.org/10.1590/1980-265X-TCE-2018-0110

Meirelles, L. X., Alevato, I. A. S. C., & Antônio, R. C. S. (2022). Os sentimentos vivenciados pelas puérperas no pós-parto: contribuições para o cuidado de enfermagem. Revista Científica do UBM, 24(47), 71-88. https://dx.doi.org/10.21723/riaee.v11.esp2.p861-880

Marques, K. R., Chaves, S. M., & Gonzaga, M. G. (2002). A importância da terapia ocupacional no pré-parto, parto e puerpério. Multitemas, (26), 742-758. https://www.multitemas.ucdb.br/multitemas/article/view/830

Martins, L. A., & Camargo, M. J. G. (2014). O significado das atividades de terapia ocupacional no contexto de internamento de gestantes de alto risco. Cadernos de Terapia Ocupacional, 22(2), 361-371. https://doi.org/10.4322/cto.2014.056

Nascimento, C. R. F., Marcelino, J. F. Q., Lousada, M. L. S., Facundes, V. L. D. (2017). Ações de terapia ocupacional com gestantes na rotina diária. Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional, 1(5), 556-573. https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto10049

Oliveira de, A. S. S., Rodrigues, D. P., Guedes, M. V. C., Felipe, G. F., Galiza, F. T., & Monteiro, L. C. (2011). O Acompanhante No Momento Do Trabalho De Parto E Parto: Percepção De Puérperas. Revista Cogitare Enfermagem, 16(2), 247-253. http://dx.doi.org/10.5380/ce.v16i2.20201

Pereira, A. C. C., Costa, A. L. M. L., Costa, A. B., Geber, B., Alkmim, B. F., Camarano, G. C. V., Glória, R. R., Nogueira, T. M., Ripari, V. A., & Lopes, A. G. (2020). Métodos não farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto: revisão sistemática. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 12(0), 1-11. https://doi.org/10.25248/reas.e4448.2020

Sales, C., Castanha, A., & Alessio, R. (2017). Aleitamento materno: representações sociais de mães em um Distrito Sanitário da cidade do Recife. Arq. bras. psicol., 69(1), 184-199. ISSN 1809-5267

Santos, L. P., Pedro, T. N. F., Almeida, M. H. M., Toldrá, R. C. (2018). Terapia ocupacional e a promoção da saúde no contexto hospitalar: cuidado e acolhimento. Rev. Interinst. Bras. Ter. Ocup, 2(3), 607-620. https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto16020

Silva, M. M. J., & Clapis, M. J. (2020). Percepção das gestantes acerca dos fatores de risco para depressão na gravidez. Reme Revista Mineira de Enfermagem, 24. doi:10.5935/1415-2762.20200065

Silva, L. J., & Silva, L. R. (2009). Mudanças na vida e no corpo: Vivências diante da gravidez na perspectiva afetiva dos pais. Esc. Anna Nery, 13(12), 393-401. https://doi.org/10.1590/S1414-81452009000200022

Sousa de, M. G., Lopes, R. G. C., Rocha, M. L. T. L. F., Lippi, U. G., Costa, E. S., & Santos, C. M. P. (2020). Epidemiologia da hipertensão arterial em gestantes. Einstein Journal, 18, 1-7. http://dx.doi.org/ 10.31744/einstein_journal/2020AO4682

Tannure, T. F., Aragão, J. C. S., & Tannure, R. F. (2019). Acretismo placentário de diagnóstico tardio: relato de caso. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 18(1), 135–137. https://doi.org/10.9771/cmbio.v18i1.28259

Téléchargements

Publié-e

2024-07-31

Numéro

Vol. 8 No. 3 (2024): (ISSN eletrônico 2526-3544)

Rubrique

Artigo Original

Licence

© Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional - REVISBRATO 2024

Licence Creative Commons

Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.

Declaração e Transferência de Direitos Autorais

O periódico REVISBRATO -- Revista interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional é publicado conforme o modelo de Acesso Aberto e optante dos termos da licença Creative Commons BY (esta licença permite a distribuição, remixe, adaptação e criação a partir da obra, mesmo para fins comerciais, desde que os devidos créditos sejam dados aos autores e autoras da obra, assim como da revista. Mais detalhes disponíveis no site http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/).

 

No momento da submissão do manuscrito os autores deverão encaminhar, nos documentos suplementares a Declaração de responsabilidade, conflito de interesse e transferência de direitos autorais, segundo modelo disponivel na página "Instruções aos autores"

 

  - Uso de imagens e discursos

Quando um autor submeter imagens para capa, que não correspondam a pesquisas em formato de artigo e que não tenham obrigatoriedade de autorização de Comitê de Ética, assim imagens presentes em outras seções, deverá ser anexado o TERMO DE CESSÃO DE DIREITO DE USO DA IMAGEM E DE DISCURSO (disponível modelo na página "Instruções aos autores"). Somente é necessário que o autor principal assine o termo e o descreva conforme o modelo abaixo em word.