Anulação da diferença
ou (Mediações semióticas para além do currículo)
Resumo
Neste ensaio, procuramos tratar como as políticas educacionais e curriculares foram desenvolvidas sob o ideário neoliberal no contexto brasileiro. Consideramos que existe um claro apagamento da figura do professor nos currículos, que, por sua vez, pressupõem que o papel da escola é o da formação de um sujeito preparado para as demandas de um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico e flexível. A assimilação de aprendizagens essenciais no currículo refere-se, sob a agenda do neoliberalismo, a uma conformação de subjetividades e a um adestramento de corpos que objetivam a formação de um sujeito competente para agir diante da acumulação flexível e para o autoaprimoramento constante. Notamos que existe, no imaginário dos textos curriculares, uma coordenação de sujeitos em relação a princípios, valores e objetivos, que têm como bases a máxima da eficácia e da produtividade. No entanto, é por meio da própria prática docente, apagada pelos currículos, e das lacunas deixadas por conceitos nele presentes, tomados de assalto dos campos progressistas, que se pode resgatar a função crítica da escola e revitalizá-la como um local de luta política, em que se pode fundar modos de existência distintos dos prescritos pelo ideário neoliberal.
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