Barbie (2023) e o feminismo neoliberal na cultura pop: o discurso de liberdade e empoderamento que perpetua a opressão.
Abstract
O objetivo do presente artigo é abordar a relação entre o feminismo da segunda onda e o liberalismo ascendente e estabelecer como o discurso do feminismo foi absorvido por essa vertente capitalista, apropriando-se de politicas de identidade em detrimento da busca por mudanças sociais estruturais, oriundas do movimento de libertação das mulheres, cuja finalidade era alcançar a igualdade de gênero. A relação estrutural entre patriarcado e capitalismo mantém e dissemina, através de tecnologias sociais e produtos vendáveis, esse discurso com o propósito de manter a opressão contra as mulheres, bem como as disparidades sociais existentes, através da manutenção de práticas sociais que têm como objetivo conservá-las em lugares de violência simbólica. Apontando o filme Barbie (2023), de Greta Gerwig, como um produto da cultura pop empenhado em carregar o discurso do feminismo neoliberal, busca-se denunciar a ascensão de um discurso feminista que segrega e oprime a maior parte das mulheres.
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