As Escolhas Contábeis na Mensuração de Ativos Biológicos estão Associadas ao Perfil do Profissional Contábil?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21446/scg_ufrj.v0i0.22029

Palavras-chave:

Valor justo, CPC 29, IAS 41, Escolhas Contábeis.

Resumo

Com a entrada em vigor da IAS 41 no Brasil, a discricionariedade das escolhas contábeis relativas a mensuração de ativos biológicos se apresenta como um desafio para os profissionais contábeis e para  as entidades que atuam no setor do  agronegócio, sendo este, um enriquecido campo de pesquisa para a Contabilidade. Nesse sentido, esse estudo tem por objetivo identificar as escolhas contábeis no contexto da mensuração de ativos biológicos e verificar se tais escolhas estão associadas ao perfil dos profissionais que os mensuram. O levantamento das escolhas contábeis foi realizado mediante a aplicação de questionário enviado a uma amostra de empresas do setor sucroenergético brasileiro e a referida associação foi testada por meio do teste exato de Fisher com nível de significância fixado em 5%. Obteve-se 32 respostas válidas que permitem inferir uma associação significativa entre o tempo de experiência do profissional na mensuração de ativos biológicos e as escolhas contábeis relativas a avaliação desses ativos, especificamente quanto a definição do método de mensuração, da taxa de desconto, do horizonte de projeção dos fluxos de caixa, do coeficiente beta e da consideração ou não do risco país na definição do custo do capital próprio das empresas componentes da amostra. Essa associação contribui para o debate, no sentido de que, não só o background cultural individual dos profissionais, mas a experiência e o know-how, podem explicar as escolhas contábeis.

Biografia do Autor

Rafael Todescato Cavalheiro, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Mestre em Agronegócios (UFGD), Pós-graduação em Gestão de Pessoas (UCDB), Graduação em Ciências Contábeis (UFGD). Atualmente é professor e coordenador do curso Ciências Contábeis na Faculdade de Educação, Tecnologia e Administração de Caarapó (FETAC) e técnico administrativo na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

Régio Marcio Toesca Gimenes, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Pós-doutor em Finanças (FEA/USP), Doutor em Administração (Universidad de León e Universidade Federal de Viçosa), Doutor em Engenharia de Produção e Sistemas (UFSC), Mestre em Administração de Empresas (PUC/SP). Atualmente é professor da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia da Universidade Federal da Grande Dourados.

Erlaine Binotto, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)


Doutora em Agronegócios (UFRGS). Mestrado em Agronegócios (UFRGS). Especialização em Fundamentos Teórico Metodológicos de Ensino (UNICRUZ). Atualmente é professora Adjunta IV na Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD, coordenou o Programa de Pós-Graduação em Agronegócios (12/2010-01/2015) e é vice-coordenadora do PROFIAP. Professora nos mestrados em Agronegócios, PROFIAP e doutorado em Administração da UFMS. Vice-Presidente da SOBER gestão 2015-2017 e 2017-2019.

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Publicado

2019-08-12

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Artigos