Existe Lucratividade na Operação Carry Trade Real x Dólar?
DOI:
https://doi.org/10.21446/scg_ufrj.v0i0.57193Palavras-chave:
Carry Trade, Finanças Internacionais, Paridade descoberta de taxa de juros, Paridade Real vs Dólar, Operações Financeiras.Resumo
Este estudo tem o objetivo de analisar operações de carry trade entre o Brasil e Estados Unidos, com foco no longo prazo (período de 1, 2, 3, 4 e 5 anos), o que não é contemplado atualmente em outros estudos. A ausência de análises com foco no longo prazo para tais operações gera um gap para avaliações de investimentos mais duradouros o que pode trazer benefícios para investidores, empresas e principalmente países emergentes que são o foco destas operações - que impacta diretamente na realidade do mercado brasileiro e no campo internacional. Este estudo contempla analises da operação mesmo em momentos de instabilidade econômica no Brasil, com foco no período de 2000 – 2021 com janelas anuais de observações. O modelo utilizado é o mesmo destacado pela literatura do tema, ou seja, modelo de paridade descoberta de taxa de juros. Foram utilizadas técnicas econométricas, testes estatísticos para avaliar as variáveis e o teste Wald para testar duas hipóteses, sendo a principal delas a hipótese de “eficiência”.: Diferente do que é apontado nos trabalhos que envolvem análise de curso prazo, verificou-se que estas operações de caráter especulativo não deveriam ser concentradas apenas em períodos de curto ou curtíssimo prazo, mas também podem se avaliar períodos mais longos nestas duas economias analisadas. Os achados indicaram lucro na operação para o período de cinco anos em toda a série e quando a série foi reduzida em janelas de t+1, também foi verificado lucratividade em períodos de longo prazo ao longo das janelas.
Referências
Arya, D. (2020). Does Betting on Currencies Make Them Riskier? The Carry Trade and Endogenous Risk. Harvard Kennedy School, Working Paper Series n. 145.
BIS Paper (2015). Basel: Bank for International Settlements, n. 81, ISSN 1682-7651.
Bui, A. T. (2010). Test of the uncovered interest parity: evidence from Australia and New Zealand. Expo 2010 Higher Degree Research: book of abstracts, 17-18.
Carvalho, D. F., & Carvalho, A. C. (2015). Paridade Descoberta da Taxa de Juros da Economia Brasileira num Ambiente de Crise Financeira Mundial: Teoria e Evidência Empírica. Cadernos CEPEC, 4(1-6), 1-30. https://doi.org/10.18542/cepec.v4i1-6.6882
Carvalho, J., & Divino, J. A. (2009). Paridade descoberta da taxa de juros em países latino-americanos. Intituto de Pesquisa e Planejamento Econômico, 39(1), p. 1-20.
Chinn, M. D., & Meredith, G. (2004). Monetary policy and long-horizon uncovered interest parity. IMF staff papers, 51(3), 409-430. https://www.jstor.org/stable/30035956
_______________________. (2005). Testing uncovered interest parity at short and long horizons during the post-Bretton Woods era (No. w11077). National Bureau of Economic Research.
Cieplinski, A., Braga, J., & Summa, R. (2017). Uma avaliação acerca da falha empírica do teorema da paridade descoberta da taxa de juros entre o Real e o Dólar. Economia e Sociedade, 26(2), 401-426. https://doi.org/10.1590/1982-3533.2017v26n2art5
Edwards, S., & Khan, M. S. (1985). Interest rate determination in developing countries: A conceptual framework. Working Papers, n. 1531. https://doi.org/10.3386/w1531
Fama, E. F. (1984). Forward and spot exchange rates. Journal of monetary economics, 14(3), 319-338. https://doi.org/10.1016/0304-3932(84)90046-1
Ferreira, A. L., & Moore, M. J. (2015). Carry trade e risco cambial: um conto de dois fatores. Revista Brasileira de Economia, 69(4), 429-449. https://doi.org/10.5935/0034-7140.20150020
Frankel, J. A. (1991). Quantifying international capital mobility in the 1980s. In National saving and economic performance. University of Chicago Press, Working Paper n. 2856. https://doi.org/10.3386/w2856
Frankfurt, M. (2011). Estudo de sinais para melhor performance do carry trade. Dissertação (Mestrado Profissional em Economia). Insper Instituto de Ensino e Pesquisa, São Paulo, SP, Brasil.
Froot, K. A., & Thaler, R. H. (1990). Anomalies: Foreign Exchange. Journal of Economic Perspectives, 4(3), 179–92. https://doi.org/10.1257/jep.4.3.179
Fuentes, E. J. V. (2017). Una propuesta de estrategias especulativas de carry trade para una selección de divisas latinoamericanas. Trabalho de Conclusão de Curso (Economia). Universidade da Coruña, Coruña, Espanha.
Garcia, M., & Olivares, G. (2001). O prêmio de risco da taxa de câmbio no Brasil durante o Plano Real. Revista Brasileira de Economia, 55(2), 151-182. https://doi.org/10.1590/s0034-71402001000200001
Gyntelberg, J., & Remolona, E. M. (2007). Risk in carry trades: a look at target currencies in Asia and the Pacific. BIS Quarterly Review, December.
Heath, A., Galati, G., & McGuire, P. (2007). Evidence of carry trade activity. BIS Quarterly Review, September.
Karbel, M. V. (2009). Um teste da paridade descoberta da taxa de juros no Brasil pós real. Dissertação (Mestrado em Economia). Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.
Marins, N. T., & Prates, D. M. (2019). A dinâmica da taxa de câmbio em países emergentes: uma perspectiva Pós-Keynesiana dos casos do Brasil e do México entre 2000 e 2017. Brazilian Keynesian Review, 5 (2), 269-302. https://doi.org/10.33834/bkr.v5i2.188
McCallum, B. T. (1994). A reconsideration of the uncovered interest parity relationship. Journal of Monetary Economics, 33(1), 105-132. https://doi.org/10.1016/0304-3932(94)90016-7
Pereira, M. D. C. (2011). Os riscos do carry trade sob uma abordagem não-paramétrica. Dissertação (Mestrado em Economia). Insper Instituto de Ensino e Pesquisa, São Paulo, SP, Brasil.
Pérez, B. A. V. (2017). Crédito en moneda hard currency y carry trade. Especialização (Economía). Universidad de Chile, Santiago, Chile.
Reis, C. H. D. S. (2017). A utilização dos efeitos Lead-Lag na formação de estratégias de Carry Trade. Dissertação (Mestrado em Administração). Universidade Federal de Pernambuco, Pernambuco, PE, Brasil.
Santos, M. B. C., Klotzle, M. C., & Pinto, A. C. F. (2021). The impact of political risk on the currencies of emerging markets. Research in International Business and Finance, 56(1), 1-11. https://doi.org/10.1016/j.ribaf.2020.101375
Souza, G. R. S., & Curado, M. L. (2013). Comportamento da taxa de câmbio no Brasil: uma análise a partir da paridade descoberta da taxa de juros. Análise Econômica, 31(59), 103 - 122. https://doi.org/10.22456/2176-5456.17145
Tse, Y., & Zhao, L. (2012). The relationship between currency carry trades and US stocks. Journal of Futures Markets, 32(3), 252-271. https://doi.org/10.1002/fut.20516
Villela, L. M. (2017). Testando a condição descoberta de paridade de juros entre Brasil e Estados Unidos: uma modelagem por meio de GARCH multivariado e volatilidades realizadas. Dissertação (Mestrado em Administração). Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, SP, Brasil.
Yin, L., & Nie, J. (2021). Intermediary asset pricing in currency carry trade returns. Journal of Futures Markets. 41(8), 1241–1267. https://doi.org/10.1002/fut.22198
Zurawski, A., & D'Arcy, P. (2009). Japanese Retail Investors and the Carry Trade. Bulletin–March 2009. Bulletin, (March).
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
DIREITOS DE AUTOR: O autor retém, sem restrições dos direitos sobre sua obra.
DIREITOS DE REUTILIZAÇÃO: O Periódico SCG adota a Licença Creative Commons, CC BY-NC atribuição não comercial conforme a Política de Acesso Aberto ao conhecimento adotado pelo Portal de Periódicos da UFRJ. Com essa licença é permitido acessar, baixar (download), copiar, imprimir, compartilhar, reutilizar e distribuir os artigos, desde que para uso não comercial e com a citação da fonte, conferindo os devidos créditos de autoria e menção à SCG. Nesses casos, nenhuma permissão é necessária por parte dos autores ou dos editores.
DIREITOS DE DEPÓSITO DOS AUTORES/AUTOARQUIVAMENTO: Os autores são estimulados a realizarem o depósito em repositórios institucionais da versão publicada com o link do seu artigo na SCG.