“Poema Dialético” ou um modo de compreensão da condição humana Aproximações entre Søren Kierkegaard e Murilo Mendes

Autores

  • Edson Munck Jr Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Eduardo Gross Professor Titular- Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.55702/3m.v20i34.14380

Palavras-chave:

Søren Kierkegaard, Murilo Mendes, Poesia, ModernismoLiteratura brasileira.

Resumo

Resumo: Tanto por registros na biblioteca pessoal quanto por declaração em
entrevista de Murilo Mendes, a influência do pensamento de Søren Kierkegaard
é conhecida sobre o poeta modernista brasileiro. Neste texto, propõe-se
a leitura das questões centrais de duas obras kierkegaardianas constantes da
biblioteca muriliana, a saber: O conceito de angústia (1844) e Migalhas filorevista
terceira margem 34 | ano xx | jun.-dez. 2016 | pp. 99-127
sóficas (1844). Da primeira obra, destaca-se o conceito de pecado original (ou,
segundo o autor, pecado hereditário) e, da segunda, a discussão em torno de
como se pode conhecer a verdade, resgatando a discussão socrática e platônica
sobre o tema, ajustando-a com as considerações do filósofo dinamarquês.
Em seguida, apresentam-se as considerações de Jonas Roos, aprofundando
aspectos filosófico-teológicos a partir da discussão do paradoxo em Kierkegaard
e as implicações existenciais do juízo e da graça, na perspectiva do
cristianismo. A partir dessa abordagem crítico-teórica, chega-se ao “Poema
Dialético”, publicado por Murilo Mendes no livro Poesia liberdade, o qual
reúne poemas de 1943 a 1945. A leitura do poema muriliano será feita a partir
dos conceitos kierkegaardianos apresentados, valendo-se de considerações de
Michel Collot e de José Guilherme Merquior. Em Kierkegaard, a operação
dos referidos conceitos é executada, em linhas gerais, para provocar a responsabilidade
subjetiva no que tange a questões de existência e de vivência da fé.
Paralelamente, em Murilo Mendes, pode-se ler a provocação executada pela
voz lírica no referido poema a fim de afirmar a possibilidade da vida em meio
ao caos da modernidade.
Palavras-chave: Søren Kierkegaard. Murilo Mendes. Poesia. Modernismo.
Literatura brasileira.
Abstract: Both by registries and personal library of Murilo Mendes, an influence
of the thought of Søren Kierkegaard is known on the Brazilian modernist
poet. In this text, it is proposed a reading of central questions from two
Kierkegaardian books which are in Mendes' library: The Concept of Anxiety
(1844) and Philosophical Fragments (1844). From the first work, the concept
of original sin (or, according to Kierkegaard, hereditary sin) stands out and,
from the second, a discussion about how one can know the truth, rescuing a
Platonic and Socratic debate about the subject within the considerations of
the Danish philosopher. The thoughts of Jonas Roos are presented to deep a
philosophical-theological view on the discussion of the paradox in Kierkegaard
and on the existential implications of the judgment and the grace in the
perspective of Christianity. The reading of Murilo Mendes poem (originally
published in Poesia liberdade, book which has poems from 1943 to 1945) is
made based on the concepts presented in association with the theoretical approach
of Michel Collot and José Guilherme Merquior. In Kierkegaard, living
the life and the faith has to do with personal responsibility. At the same time, 

in Murilo Mendes, one can read a provocation performed by the lyrical voice
in the mentioned poem in order to affirm the possibility of life amid the chaos
of modernity.
Keywords: Søren Kierkegaard. Murilo Mendes. Poesia. Modernismo. Literatura
brasileira.

Biografia do Autor

Eduardo Gross, Professor Titular- Universidade Federal de Juiz de Fora

Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião   GMT Detectar idiomaAfricânerAlbanêsAlemãoArabeArmênioAzerbaijanoBascoBengaliBielo-russoBirmanêsBósnioBúlgaroCatalãoCazaqueCebuanoChichewaChinês (Simp)Chinês (Trad)CingalêsCoreanoCrioulo haitianoCroataDinamarquêsEslovacoEslovenoEspanholEsperantoEstonianoFinlandêsFrancêsGalegoGalêsGeorgianoGregoGujaratiHauçaHebraicoHindiHmongHolandêsHúngaroIgboIndonésioInglêsIorubaIrlandêsIslandêsItalianoJaponêsJavanêsKannadaKhmerLaosianoLatimLetãoLituanoMacedônicoMalaialaMalaioMalgaxeMaltêsMaoriMarathiMongolNepalêsNorueguêsPersaPolonêsPortuguêsPunjabiRomenoRussoSérvioSesothoSomáliaSuaíliSudanêsSuecoTadjiqueTagaloTailandêsTâmilTchecoTelugoTurcoUcranianoUrduUzbequeVietnamitaYiddishZulu AfricânerAlbanêsAlemãoArabeArmênioAzerbaijanoBascoBengaliBielo-russoBirmanêsBósnioBúlgaroCatalãoCazaqueCebuanoChichewaChinês (Simp)Chinês (Trad)CingalêsCoreanoCrioulo haitianoCroataDinamarquêsEslovacoEslovenoEspanholEsperantoEstonianoFinlandêsFrancêsGalegoGalêsGeorgianoGregoGujaratiHauçaHebraicoHindiHmongHolandêsHúngaroIgboIndonésioInglêsIorubaIrlandêsIslandêsItalianoJaponêsJavanêsKannadaKhmerLaosianoLatimLetãoLituanoMacedônicoMalaialaMalaioMalgaxeMaltêsMaoriMarathiMongolNepalêsNorueguêsPersaPolonêsPortuguêsPunjabiRomenoRussoSérvioSesothoSomáliaSuaíliSudanêsSuecoTadjiqueTagaloTailandêsTâmilTchecoTelugoTurcoUcranianoUrduUzbequeVietnamitaYiddishZulu         A função de fala é limitada a 200 caracteres  Opções : Histórico : Comentários : DonateEncerrar

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Publicado

2017-12-12