A radicalização da literatura abolicionista em The Heroic Slave (1852): uma leitura histórico-institucional

Autores

  • Felipe Vale da Silva Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.55702/3m.v23i41.24657

Palavras-chave:

Literatura afro-americana, Frederick Douglass, radicalismo negro, abolicionismo, imediatismo

Resumo

Partindo de uma análise de The Heroic Slave (1852) de Frederick Douglass, o artigo lida com a gênese da primeira prosa de ficção afro-americana à luz dos debates político-institucionais da época. Há de se questionar o que fez escritores afro-americanos como Douglass abrirem mão do formato das slave narratives para produzirem textos de ficção. Argumentar-se-á que a participação desses pensadores nos debates daquela época de crise institucional teve reflexos diretos em sua produção artística. Assim, se o jovem Douglass escreveu uma narrativa de escravos pautada no testemunho e resistência pacífica ao governo, o Douglass da década de 1850 inaugurou uma modalidade de literatura pautada no ativismo, refletora de sua radicalização como pensador político. O que ocorreu para que tal mudança se efetuasse, e que novos dispositivos expressivos surgiram para expressar esse momento de virada, são duas questões que balizarão o presente estudo.

Biografia do Autor

Felipe Vale da Silva, Universidade Federal de Goiás

Pesquisador de pós-doutorado pela Universidade Federal de Goiás. Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo e Martin-Luther-Universität Halle-Wittenberg.

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Publicado

2019-11-03