De “Smartypants” a “Sabichona”: notas sobre uma tradução de literatura infantil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55702/3m.v28i54.58783

Palavras-chave:

Literatura infantil, Tradução, Protocolos de leitura, História cultural.

Resumo

Propomos uma análise comparativa de “Princess Smartypants” (1986), publicado em língua inglesa, e de uma tradução brasileira, intitulada “A princesa Sabichona” (1998), querendo verificar suas materialidades e como a tradução se adequa culturalmente ao idioma brasileiro. Consideramos, ainda, as implicações da tradução literária como mediadora cultural. Verificamos que as diferentes materialidades colaboram para variações de práticas de leitura, e também observamos intervenções para adequação cultural do texto de partida, sem prejuízo da proposta de narrativa sincrética.

Biografia do Autor

Rossanna dos Santos Santana Rubim, Instituto Federal do Espírito Santo - Campus São Mateus

Mestre em Letras (2016), Bacharel em Biblioteconomia (1997), Licenciada em Letras Inglês (2009)  e Letras Português (2022), coordenadora da Biblioteca do Ifes - Campus São Mateus, membro Grupo de Pesquisa Literatura, ficção e suas materialidades.

Adriana Falqueto Lemos, Instituto Federal do Sul de Minas, Campus Pouso Alegre

Possui graduação em Letras Inglês pela Universidade Federal do Espírito Santo (2012), mestrado em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo (2015) e doutorado em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo (2018). Atualmente é professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literaturas Estrangeiras Modernas, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura, história cultural, videogame e leitura. Coordena o Grupo de Pesquisa Literatura, ficção e suas materialidades e é parte do Núcleo de Estudos literários e musicológicos.

Referências

AL-HASSAN, Ahmad. The importance of culture in translation: should culture be translated? International Journal of Applied Linguistics & English Literature, v. 2, n. 2, p. 96-100, mar 2013. Disponível em: http://www.journals.aiac.org.au/index.php/IJALEL/article/view/910. Acesso em: 21 out. 2018.

ALVES, Fábio. Unidades de Tradução: o que são e como operá-las. In: ALVES, Fábio; MAGALHÃES, Célia; PAGANO, Adriana (org.). Traduzir com autonomia: estratégias para o tradutor em formação. São Paulo: Contexto, 2000. p. 29-38.

ARROJO, Rosemary. Oficina de tradução: a teoria na prática. 5. ed. Rio de Janeiro: Ática, 2007. (Série princípios, 74).

AZENHA JUNIOR, João. Tradução & literatura infantil e juvenil. In: AMORIM, Lauro Maia; RODRIGUES, Cristina Carneiro; STUPIELLO, Erika Nogueira de Andrade (org.). Tradução & perspectivas teóricas e práticas. São Paulo: Editora Unesp, 2015. E-book.

BARON, Naomi S. Words onscreen: the fate of reading in a digital word. Oxford: Oxford University Press, 2015.

BELLOS, David. Is that a fish in your ear? Translation and the meaning of everything. New York: Farrar, Straus and Giroux, 2012.

CHARTIER, Roger. A história ou a leitura do tempo. Tradução: Cristina Antunes. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

CHARTIER, Roger. Do livro à leitura. In: CHARTIER, Roger (org.). Práticas de leitura. Tradução: Cristiane Nascimento. São Paulo: Estação Liberdade, 1996. p. 77-105.

CHARTIER, Roger. Prefácio. In: CHARTIER, Roger. A mão do autor e a mente do editor. Tradução: George Schlesinger. São Paulo: Editora Unesp, 2014.

CHARTIER, Roger. A ordem dos livros: leitores, autores e bibliotecas na Europa entre os séculos XIV e XVIII. Tradução: Mary Del Priori. Brasília: Editora UnB, 1999. (Coleção tempos).

COLE, Babette. A princesa Sabichona. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1998.

COLE, Babette. Princess Smartypants. New York: G. P. Putnam’s Sons, 1986.

CREW, Hilary S. Spinning New Tales from Traditional Texts: Donna Jo Napoli and the Rewriting of Fairy Tale. Children’s Literature in Education, v. 33, n. 2, p. 77-95, jun. 2002. Disponível em: https://link-springer-com.ez120.periodicos.capes.gov.br/article/10.1023/A%3A1015292532368. Acesso em: 14 nov. 2018.

FISH, Stanley. Is there a text in this class? The authority of interpretative communities. Cambridge: Harward University Press, c1980.

HORNBY, A. S. Oxford advanced learner’s dictionary. 7ª edição. Oxford: Orford University Press, 2005.

ISER, Wolfgang. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético, v. 1. São Paulo: Ed. 34, 1996.

LISPECTOR, Clarice. Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 2013. E-book.

MARTINEZ, Ron. Como se diz chulé em inglês? Essa e outras curiosidades do inglês. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

NIDA. E. A. Bible translation. In: BAKER, M. (ed.). Routledge Encyclopedia of Translation Studies. London; New York: Routledge, 2000. p. 22-28.

PINAR SANZ, María Jesús; MOYA GUIJARRO, Jesús. Irony and humor in Princess Smartypants. Berno Studies in English [s.l.], v. 42, n. 1, 2016, p. 93-111. Disponível em: http://hdl.handle.net/11222.digilib/136085. Acesso em: 17 set. 2018.

TAYLOR, K.; McMENEMY, D. Censorship challenges to books in Scottish public libraries. Journal of Librarianship and Information Science, [s.l.], 45(2), 2013, p. 153-167. Disponível em: https://strathprints.strath.ac.uk/34331/. Acesso em: 14 nov. 2018.

VAN OOST, Ellen. Materialized gender: how shavers configure the users’ femininity and masculinity. In: OUDSHOORN, Nelly; PINCH, Trevor (ed.). How users matter: the construction of users and technologies. Cambridge: MIT Press, 2003. p. 193-208.

ZILBERMAN, Regina. O estatuto da literatura infantil. In: ZILBERMAN, Regina; MAGALHÃES, Ligia Cadermartori. Literatura infantil: autoritarismo e emancipação. 3. ed. São Paulo: Ática, 1987a. p. 3-24.

ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil e o leitor. In: ZILBERMAN, Regina; MAGALHÃES, Ligia Cadermartori. Literatura infantil: autoritarismo e emancipação. 3. ed. São Paulo: Ática, 1987b. p. 61-134.

Downloads

Publicado

2024-03-28