Sujos quintais com tesouros: a obra infantojuvenil da Condessa de Ségur revisitada por Agustina Bessa-Luís nas biografias de Vieira da Silva e Paula Rego

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55702/3m.v28i54.59232

Palavras-chave:

Literatura infantojuvenil, Condessa de Ségur, Agustina Bessa-Luís, Vieira da Silva, Paula Rego.

Resumo

Destaco neste artigo a influência da obra infantojuvenil da Condessa de Ségur na produção literária e pictórica de três portuguesas reunidas por iniciativa de Agustina Bessa-Luís. As experiências inusitadas com a escrita confessional levadas a cabo pela escritora, tanto na sua autobiografia como nas biografias sobre as pintoras Vieira da Silva e Paula Rego, abordam aspectos da função educativa da literatura para jovens, tal como são propagados na “Trilogia de Fleurville” da Condessa, e aspectos do questionamento e ruptura do antigo paradigma, tal como aparece no conto “Os desastres de Sofia”, de Clarice Lispector, onde a noção da verdade, implícita nos “sujos quintais com tesouros”, estabelece parâmetros para a produção de textos mais modernos, críticos e conscientes dos desafios de colaborar para uma formação verdadeiramente humanística na faixa etária a que se destinam. 

Biografia do Autor

Ermelinda Maria Araújo Ferreira, Universidade Federal de Pernambuco

Formada em Letras e Medicina, Mestrado em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Pernambuco, Doutorado em Literaturas de Língua Portuguesa pela PUC-Rio e Universidade de Lisboa, Pós-doutorado em Crítica Literária pela Universidade Nova de Lisboa, Professora do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco, Líder do Núcleo de Estudos de Literatura e Intersemiose (NELI/CNPq), editora da Intersemiose - revista digital, Pesquisadora do CNPq (2012-2018).

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Publicado

2024-03-28