APRESENTAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.55702/3m.v19i31.9689Palavras-chave:
poesia, mística, modernidade, tradiçãoResumo
Nas mais diversas culturas, a mística ocupa um lugar estranho e essencial (para usar adjetivos de Michel de Certeau): ela está no centro de diferentes religiões, e no entanto ameaça enrijecimentos doutrinais; foi parte integrante da mentalidade antiga e medieval, e no entanto antecipou a subjetividade moderna. No conflito entre fé e razão, tradição e modernidade, doutrina e esclarecimento, racionalidade e irracionalidade, otimismo e niilismo, metafísica e crítica, as diferentes manifestações da mística dentro e fora do Ocidente não permitem caracterizações fáceis e exigem considerar a sua irredutível complexidade. Seus êxtases, exercícios de desprendimento e formulações especulativas da negatividade ontológica deixaram marcas profundas na literatura e teoria moderna. Por isso, abre-se a possibilidade de explorar as relações entre mística, filosofia, teoria literária, literatura moderna, bem como cinema e outras mídias, com vistas a esclarecer algo dos enigmas nos quais a modernidade esconde suas origens nada modernas.Publicado
2017-04-09
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Artigos
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