Lucia Joyce, a marafilha

Autores/as

  • Cláudia Thereza Guimarães de Lemos

DOI:

https://doi.org/10.55702/3m.v16i26.10787

Resumen

A escrita de “marvellous” como “marfellows” por Joyce é um artifício que torna
possível à autora deste texto sobrepor a “a maravilha selvagem do pai”, o pró-
prio Joyce, a “amara/amarga flha da mãe”, Nora Barnacle, a chamermaid, a
camoreira, a camareira do Finn's Hotel. Essa sobreposição é também a forma
escolhida para introduzir o trabalho e justifca seu título, Lucia Joyce, a maraflha. Dado um tal ponto de partida, o ensaio arrisca cruzar o terreno minado que é o da relação de Lucia e sua mãe, Nora Barnacle. Zona perigosa: adentrá-la significa violar o princípio de natureza tanto teórica quanto ética que impõe à crítica e até mesmo à historiografa literárias erguer fronteiras entre vida e obra do autor. Por outro lado, atravessar essas fronteiras com intenções psicanalíticas, é de fato uma temeridade. Além dos limites transgredidos, podem ser endereçadas outras questões à obra de James Joyce e à leitura que Lacan fez dela.

Publicado

2017-06-19