Batalhas de poesia em Salvador-BA: Artivismos entre a voz e o papel

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.55702/3m.v26i49.50430

Mots-clés :

Slams, batalhas de poesia, literatura marginal, tráfico de informação

Résumé

Este artigo aborda batalhas de poesia na cidade de Salvador-Bahia. Promovidos em locais periféricos da capital, slams vêm engajando-se politicamente à autorrepresentação de identidades sociais minoritárias, em especial da identidade étnico-racial negra, e integram-se a outras manifestações culturais de mesmo foco. Nesse contexto, o desdobramento em diferentes espaços para além da performance permite criar lugares para a afirmação de discursos deste segmento social, atuando um “tráfico de informação”.

Bibliographies de l'auteur

Danielle Marcia Hachmann de Lacerda da Gama, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Doutoranda em Comunicação - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Mestre em Ciências Sociais - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Bacharel em Comunicação Social - Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). Membro do grupo de pesquisa Comunicação, Arte e Cidade (CAC-UERJ).

Wilson Rogério Penteado Júnior, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

Doutor e Mestre em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), desenvolve estágio pós-doutoral em Antropologia Social na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É Professor Associado de Antropologia no Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (CAHL-UFRB) e professor pesquisador no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS-UFRB) e no Programa de Pós-Graduação em Arqueologia e Patrimônio Cultural (PPGap-UFRB). E-mail: penteadowjr@ufrb.edu.br.

Références

ALVES, Evanilson. E antes que me pergunte sobre minha correria. Sou envolvido, sim, com a poesia. In: Slam deixa acontecer, Salvador, 04/09/2017. Facebook: Slam deixa acontecer. Disponível em: <https://www.facebook.com/Slam-Deixa-Acontecer-1747937642185357/>. Acesso em: 05 abr. 2019.

BELLESA, Mauro. Literatura periférica: a vida contada sem intermediários. IEA-USP (Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo), 21 jun. 2018. Disponível em: <http://www.iea.usp.br/noticias/literatura-da-periferia>. Acesso em: 24 fev. 2022.

CORREIA, Messias N. Poética do corpo a céu aberto. Movimento Poetas na Praça: cultura, trajetória e resistência. Litterata: Revista do Centro de Estudos Portugueses Hélio Simões, Ilhéus, v. 2, n. 2, p. 175-200, jul.-dez. 2012. Disponível em: <http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/626>. Acesso em: 15 jan. 2022.

DAWSEY, John C. Descrição tensa (Tension-Thick Description): Geertz, Benjamin e performance. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 56, n. 2, p. 291-320, 2013. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/82470>. Acesso em: 15 jan. 2022.

DIAS, ngela M. A estratégia da revolta: literatura marginal e construção de identidade. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, v. 27, p. 11-21, 2006.

FRANÇA, Kuma. (R)evolução. In: JESUS, Valdeck A. de (org.). Poéticas periféricas: novas vozes da poesia soteropolitana. Vitória da Conquista: Galinha Pulando, 2018, p. 89-91.

FREITAS, Daniela S. de. Slam Resistência: poesia, cidadania e insurgência. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n. 59, p. 1-15, 2020. Disponível em: <https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/29317>. Acesso em: 15 jan. 2022.

GAMA, Danielle M. H. L. A voz e a vez de dizer: batalhas de poesia em comunidades de periferia em Salvador-BA. 2019. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Centro de Arte, Humanidades e Letras, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cachoeira, 2019.

HALL, Stuart. Que negro é esse na cultura negra? In: SOVIK, Liv (org.). Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG; Brasília: UNESCO, 2003, p. 335-349.

JESUS, Valdeck A. de. Um livro escrito a duzentas mãos. [Prefácio]. In: JESUS, Valdeck A. de (org.). Poéticas periféricas: novas vozes da poesia soteropolitana. Vitória da Conquista: Galinha Pulando, 2018, p. 3-4.

LIMA, Ari. Funkeiros, timbaleiros e pagodeiros: notas sobre juventude e música negra na cidade de Salvador. Cad. Cedes, Campinas, v. 22, n. 57, p. 77-96, ago. 2002. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ccedes/a/wJCffw9dtKzRXsWjSyHSq8d/abstract/?lang=pt>. Acesso em: 15 jan. 2022.

MAGNANI, José G. C. Os circuitos dos jovens urbanos. Tempo Social, v. 17, n. 2, p. 173-205, 2005. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12475>. Acesso: 15 jan. 2022.

MATOS, Daniela A. Diários, mapas e mediações: comunicação, cultura e resistência da juventude periférica. Belo Horizonte, 2012. Tese (Doutorado em Comunicação Social) – Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Universidade Federal de Minas Gerais.

MINCHILLO, Carlos C. Slam: cartografia social e território poético. Palestra na abertura do Ciclo de Debates “Cultura Brasileira Contemporânea: novos agentes, novas articulações”, Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, mar. 2017.

MIRANDA, Claudia de A. Aubervilliers e Cooperifa: o olhar pós-urbano da periferia sobre a cidade. Rio de Janeiro, 2015. Dissertação (Mestrado em Literatura, Cultura e Contemporaneidade) – Departamento de Letras do Centro de Teologia e Ciências Humanas, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

PATROCÍNIO, Paulo R. T. do. Escritos à margem: a presença de escritores de periferia na cena literária contemporânea. Rio de Janeiro, 2010. Tese (Doutorado em Letras) – Centro de Teologia e Ciências Humanas, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

PATROCÍNIO, Paulo R. T. do. Notas sobre narrativas autobiográficas de autores surdos. Revista Araticum, Montes Claros, v. 21, n. 1, p. 91-103, 2020. Disponível em: <https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/araticum/article/view/2738>. Acesso em: 15 jan. 2022.

RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: EXO Experimental; Ed. 34, 2005.

RODRIGUEZ, Benito M. Mutirões da palavra: literatura e vida comunitária nas periferias urbanas. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n. 22, p. 47-61, 2003. Disponível em: <http://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/8943>. Acesso em: 15 jan. 2022.

SACRAMENTO, Dayse. Pode o negro falar? Expressar seu ser e existir negros em prosa ou verso? Publicar? [Prefácio]. In: SARAU DA ONÇA (org.). O diferencial da favela: poesias e contos de quebrada. Vitória da Conquista: Galinha Pulando, 2017, p. 9-10.

SANTANA, Alaide. Eis que chega o segundo livro do Sarau da Onça! [Orelha de livro]. In: SARAU DA ONÇA (org.). O diferencial da favela: poesias e contos de quebrada. Vitória da Conquista: Galinha Pulando, 2017.

SILVA, Antonio de P. S. e. Movimento Poetas na Praça: uma poética de ruptura e resistência. São Paulo, 2008. Dissertação (Mestrado em Literatura e Crítica Literária) – Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

SOMERS-WILLETT, Susan B. A. The cultural politics of slam poetry: race, identity, and the performance of popular verse in America. Ann Arbor: University of Michigan Press, 2009.

VIEIRA, Teresa de J. B. Artivismo: estratégias artísticas contemporâneas de resistência cultural. Porto,2011. Dissertação (Mestrado em Arte Multimídia) – Faculdade de Belas Artes, Universidade do Porto.

Téléchargements

Publiée

2022-08-07