Políticas de exploração no romance A bagaceira: o sistema-mundo do capitalismo e a modernidade colonial

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DOI:

https://doi.org/10.55702/3m.v27i52.46207

Parole chiave:

A bagaceira, Sistema-Mundo, Modernidade Colonial, Colonialidade do Poder.

Abstract

A obra A bagaceira de José Américo de Almeida, publicada em 1928, tornou-se um marco na literatura brasileira, por levantar a problemática do engenho, bem como as relações de poder construídas neste ambiente rural, influenciando a geração de escritores nordestinos na década de 30. Esteticamente considerada neorrealista-naturalista, a obra reflete sobre a sociedade patriarcal nordestina, representada pelo senhor de engenho, que define o controle do trabalho, do sexo, da autoridade, da subjetividade, do gênero etc., no interior do sistema mundial do capitalismo moderno (MIGNOLO, 2003). A partir da crítica decolonial, embasada por Aníbal Quijano, Walter Mignolo entre outros, pretende-se analisar a política do sistema-mundo da modernidade configurada naquele contexto agrário, em que a massa de brejeiros e retirantes protagoniza o trabalho subserviente e escravista, para sobreviver em meio a miséria, a exploração e a pobreza.

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Biografia autore

Moisés Carlos Amorim, Universidade Federal de Mato Grosso

Professor da Rede Pública do Estado de Mato Grosso, mestre em Estudos de Cultura Contemporânea - ECCO e doutor em Estudos de Linguagem - PPGEL, ambos pela Universidade Federal de Mato Grosso.

Riferimenti bibliografici

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Pubblicato

2023-09-27

Fascicolo

Sezione

Artigos