Arte e armadilha

a cartografia do entre na poética de Ana Martins Marques

Autori

DOI:

https://doi.org/10.55702/3m.v29i57.64714

Parole chiave:

Ana Martins Marques; Ficções do cotidiano; Método cartográfico; Poesia brasileira; Poesia contemporânea.

Abstract

Neste artigo, proponho a análise de alguns poemas do livro Da arte das armadilhas (2011), de Ana Martins Marques. Utilizo a metodologia cartográfica para compreender o entre, o não lugar que Marques dispõe em sua poética. Há no cenário da poesia contemporânea uma insistência em diluir dicotomias e, assim, compreender a disposição do caminho do meio em relação às extremidades paradoxais. Entretanto, não se trata de diagnosticar o entre, mas disponibilizá-lo enquanto instrumento de potencialização poética, estética e reflexiva. Assim, a ficção do cotidiano epítome se mostra como inelutável modalidade do (in)visível a partir da relação entre as coisas e o mundo.

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Biografia autore

Renata Mocelin Penachio, Universidade Federal do Paraná

Doutoranda em Estudos Literários pelo Programa de Pós-graduação em Letras (PPGL) da Universidade Federal do Paraná (2022-atual) na linha de pesquisa Literatura e outras linguagens. Mestra pelo mesmo programa e linha de pesquisa com pesquisa intitulada “Do mar de mim algo pro mar do mundo”: a historiografia cabocla na poética de Paulo César Pinheiro. Bolsista CAPES pelo Programa de Pós-Graduação de Letras da Universidade Federal do Paraná (2021-atual). Graduada em Letras Português - Licenciatura pela Universidade Federal do Paraná (2013-2018). Estudos nas áreas de poéticas orais, poesia e canção, ecocrítica, historiografia brasileira, arquivo e memória.

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Pubblicato

2025-04-09