O JESUS DE NIETZSCHE: A AMBIGUIDADE DE UMA POLÊMICA

Autores

  • Alexandre Marques Cabral UERJ

DOI:

https://doi.org/10.59488/tragica.v3i1.25711

Palavras-chave:

décadence, vontade de poder, Jesus de Nazaré, cristianismo

Resumo

O presente artigo tem como intuito primordial explicitar a ambigüidade constitutiva da abordagem nietzschiana de Jesus de Nazaré, que se refere ao fato de Nietzsche ter considerado Jesus como um tipo vital contrário ao cristianismo e, no entanto, ter considerado os dois como sintomas da décadence. Para entender esta aparente contradição, é mister que se defina o que Nietzsche entende por décadence e como tal conceito se manifesta pluriformemente em sua análise. Neste sentido, a décadence jesuânica refere-se a um tipo em declínio, que não faz do ressentimento um meio de conversão da cultura ao seu tipo vital em dissolução, como acontece com o cristianismo. Por isso, Jesus aparece como paradigma de um tipo de décadence que possibilita a gênese de uma real metamorfose tipológica, condição de possibilidade da superação do tipo fisiológico degenerado, que se tornou normativo no Ocidente desde Sócrates, e a aparição do além-do-homem.

Biografia do Autor

Alexandre Marques Cabral, UERJ

Doutorando em Filosofia pela UERJ

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Publicado

2010-02-28