Philosophie tragique ou anti-philosophie ? La géométrie oppositionnelle et les structures élémentaires de l’idéologie
DOI:
https://doi.org/10.59488/tragica.v12i3.30838Palavras-chave:
filosofia trágica, anti-filosofia, geometria oposicional, mitopoiesis, logicismoResumo
Na sequência de Nietzsche, mas inspirado também pelas ideias de ‘inconsciente’ e de ‘cura’ (e seus paradoxos) em Freud e Lacan, o jovem filósofo Clément Rosset (1939-2018) propôs, principalmente em Lógica do pior (1971), uma ideia elaborada, radical e percutante do que pode/deve ser uma ‘filosofia trágica’. Isso engaja (como já em Nietzsche) um uso sistemático binário e mitopiético do conceito de ‘oposição’ e uma relação singular com o conceito de ‘ideologia’, face ao qual a filosofia trágica é dita (por Rosset, reivindicando Nietzsche) devendo ser não-ideológica, mais do que anti-ideológica. Levando em conta uma imagem engraçada, porém mais potente e crucial do que parece, do mesmo Rosset de 1971, a de “ingrediente estragado”, analisaremos de maneira crítica a própria ideia de filosofia trágica de Nietzsche-Rosset, por meio de quatro ingredientes conceituais (não estragados) novos, que introduzimos progressivamente, em seguida mostrando-os dramaticamente encadeados: (1) a ‘geometria oposicional’, que generaliza a estrutura de ‘hexágono lógico’; (2) a ‘anti-filosofia’, que Badiou articula com sua redefinição de ‘filosofia’; (3) a noção de ‘extrema-direita teórica’, que esclarece o debate dramático envolvendo a filosofia de Heidegger (e de Nietzsche...); (4) assim como uma teoria das ‘estruturas elementares da ideologia’ (que generaliza as teorias de Gramsci e Cassirer apoiando-se no ponto 1 supracitado), que apresentamos aqui pela primeira vez. Por meio desses 4 instrumentos conceituais ‘não-rossetianos’, utilizados por nós para encurralar (no sentido de Rosset e em Rosset) os “ingredientes estragados”, chegamos a um esclarecimento assaz surpreendente.Downloads
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