O ESPAÇO DA TRAGÉDIA: LUGAR DAS INTENSIDADES E DAS DIFERENÇAS
DOI:
https://doi.org/10.59488/tragica.v6i1.26668Keywords:
Aristóteles, Schopenhauer, Espaço trágico.Abstract
A nossa proposta consiste em analisar o fenômeno trágico partindo das interpretações de Aristóteles e de Schopenhauer. Ambos os autores realizaram importantes reflexões sobre a dinâmica e o significado da tragédia. Aristóteles considera que a tragédia deve levar à catarsis para purificar ou eliminar paixões; já Schopenhauer sustenta que a tragédia também nos afasta das paixões, nos instiga a abandonar qualquer finalidade e nos prepara para a resignação perante a existência. Num segundo momento deste trabalho, abordamos a reflexão de Nietzsche sobre o sentido da tragédia que diverge de parte a parte com as interpretações sustentadas por Aristóteles e Schopenhauer. Para esses, a tragédia conclama o homem a desistir de paixões e afetos que irremediavelmente levam-no à dor, ao sofrimento, ao fracasso. Nietzsche afirma, na contramão dessas perspectivas, que a tragédia está longe de expurgar ou reprimir paixões, mas torna-se um tônico, um intensificador dos impulsos e instintos, mostrando que perante todas as peripécias vitais, perante as contradições da existência é possível adotar uma atitude afirmativa, criativa. Em síntese, pretendemos mostrar como, para o autor de O nascimento da tragédia, o espaço trágico é o lugar celebratório por excelência, no qual são exaltadas todas as peripécias vitais, desde o mais belo até o mais medonho, isto é, veremos como esse espaço é interpr etado como o lugar das intensidades e das diferenças.Downloads
Published
Issue
Section
License
Authors retain the copyright and grant the journal the right of first publication, with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY) license. This license allows third parties to remix, adapt, and create from the published work, attributing authorship and initial publication in this journal. Authors are authorized to assume additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (e.g. publishing in an institutional repository, on a personal website, publishing a translation, or as a book chapter), with recognition of authorship and initial publication in this journal.