Fantasia, criatividade e realidade no pensamento de Winnicott

Autores/as

  • Carlos Alberto Plastino PUC RIO

DOI:

https://doi.org/10.59488/tragica.v11i1.27201

Palabras clave:

psicanálise, lógica, ontologia.

Resumen

"Muito mais do que a ordem moral da sociedade, é sua ordem lógica e ontológica que a psicanálise põe em causa". Pode esta contundente afirmação de Cornelius Castoriadis ser considerada pertinente? O artigo tenta responder esta pergunta e o faz discutindo dois momentos na história da psicanálise. Primeiramente à luz do legado freudiano, que discute propondo fazer nele uma distinção fundamental. Considerando as descobertas operadas por Freud na sua prática clínica – inconsciente, processo primário, primado da afetividade" – a resposta é positiva. Porém considerando a elaboração metapsicológica empreendida por Freud e sua subordinação aos pressupostos paradigmáticos da modernidade, a resposta deveria ser negativa. Num segundo momento o artigo discute a perspectiva da psicanálise autodenominada "heterodoxa", mostrando como a significação que esta outorga à fantasia e sua participação na construção da realidade, assim como o papel fundamental que atribui à criatividade, à contestação dos postulados ontológicos, antropológicos e epistemológicos da filosofia herdada parece inquestionável.

Biografía del autor/a

Carlos Alberto Plastino, PUC RIO

Psicanalista e professor da Pontificia Universidade Católica do Rio de Janeiro,

Publicado

2018-03-23