A QUESTÃO DA VONTADE NAS ANÁLISE POLÍTICAS DE NIETZSCHE

Auteurs

  • Adriana Delbó Lopes UFG

DOI :

https://doi.org/10.59488/tragica.v2i1.24011

Mots-clés :

Estado, Vontade, Cultura

Résumé

Nas análises de Nietzsche da política há algo nada habitual ao tratamento que a Filosofia faz do tema: a idéia de que domínio, exploração, controle e violência, são ímpetos humanos que não se desvinculam do agir político. O Estado é compreendido por Nietzsche como resultado de tais forças e instrumento para sublimá-las, ao invés de ser explicado como resultado da racionalidade a fim de proteção da vida. A versão jusnaturalista de Estado é, segundo ele, um engano moderno que impede o desenvolvimento de cultura, e, portanto, de transfiguração artística da existência, condição para que a vida humana não se reduza à luta pela sobrevivência e às satisfações com bem-estar e saciedade. Nietzsche avalia que a escravidão é essência de toda cultura, e que na modernidade ela está acobertada pelo valor atribuído ao trabalho. Os seus ataques à política alvejam principalmente a meta da política moderna democrática, reivindicadora de liberdade, justiça e igualdade. Ele julga que tais bandeiras são frutos da moralidade herdada do pensamento socrático-cristão e da conseqüente fraqueza na forma de lidar com a vida.

Biographie de l'auteur

Adriana Delbó Lopes, UFG

Professora na Universidade Federal de Goiás

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Publiée

2019-03-23