DE UMA TRAGICIDADE DA FILOSOFIA: vontade de poder, vontade de verdade e interpretação
DOI:
https://doi.org/10.59488/tragica.v9i1.26639Palavras-chave:
Nietzsche, Spinoza, TrágicoResumo
Nietzsche, no final do §25 de Além do bem e do mal, aventa que toda filosofia foi, em seu surgimento, uma longa tragédia. Neste texto proponho uma interpretação para essa afirmação na qual o sentido trágico atribuído à filosofia está ligado à busca dos filósofos pela verdade, a qual é caracterizada por Nietzsche como vontade de verdade. Para tanto, o norte conceitual será a noção de vontade de poder entendida como processo intrinsecamente agonístico-interpretativo, constituidor de sentido e domínio, e a relação dessa noção com outras duas caras à concepção de tragédia que veremos aqui, quais sejam: hybris e prudência.
Nietzsche, at the end of §25 of Beyond good and evil, clams that every philosophy was in its inception a long tragedy. I propose in this paper an interpretation for this sentence whereupon the tragic sense of philosophy link to the philosophical looking-for the truth, which is appointed as will to truth by Nietzsche. Therefore, the rudder will be the notion of will to power understood as an intrinsically agonistic-interpretive process, design of meaning and domain, and the relation of this notion with the two important other to conception of tragedy that we will see here, namely: hybris and prudence.
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