A crítica de Habermas ao pensamento de Nietzsche e o outro da razão
DOI:
https://doi.org/10.59488/tragica.v15i3.41396Palavras-chave:
Nietzsche, Imanência, TrágicoResumo
Habermas, em O Discurso Filosófico da Modernidade, procura lançar as bases de uma filosofia como saber do universal, através de uma crítica da razão instrumental moderna em nome de uma racionalidade comunicativa que recorre à ética do discurso, a uma pragmática da ação comunicativa e do entendimento intersubjetivo. Embora Habermas leve adiante as críticas a um tipo de racionalidade que enclausurou os modernos, ele quer preservar, no entanto, o vigor do impulso modernista de um espírito universalizante e utópico. Por isso Habermas irá atacar as investidas de um pensamento de inspiração nietzschiana, que pretende realizar uma ruptura com os ideias iluministas de uma razão autônoma e de uma moral que se defina a partir de um imperativo categórico Pretendemos, então, verificar a consistência da crítica de Habermas ao pensamento de Nietzsche e avaliar, ao mesmo tempo, se contrariamente ao que pensa Habermas, é legitima uma crítica radical de inspiração nietzschiana que queira transmutar a racionalidade moderna ocidental como única saída para a clausura da razão e para a uma completa transvaloração sob o ponto de vista da vida dos homens no mundo.
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