O papel das emoções na Retórica de Aristoteles

Autores

  • Christiani Margareth de Menezes e Silva

Palavras-chave:

Retórica. Orador. Entimema. Emoções. Persuasão.

Resumo

Na Retórica, Aristóteles não apenas faz uma análise da forma discursiva de argumentação do orador, mas também um estudo do papel das emoções suscitadas nos ouvintes dos discursos ocorridos nas assembleias e nos tribunais. Assim, no Livro II da Retórica, as emoções são consideradas uma das três pisteis entéchnai, uma das premissas do entimema; elas constituem enunciados da argumentação retórica na mesma medida que o assunto (prágma) do discurso, ao qual se referem os gêneros oratórios. Em Aristóteles, a emotividade não é apenas um elemento auxiliar e secundário da persuasão, como achava a tradição anterior a ele; elas são elementos importantes por afetar o julgamento dos ouvintes. Dessa forma, Aristóteles amplia o campo da retórica em relação à tradição, considerando a emotividade uma das premissas do raciocínio retórico, caracterizando o logos da persuasão e contribuindo também para suas pesquisas em psicologia, poética, ética e política.

Downloads

Publicado

2017-08-11